domingo, 16 de dezembro de 2018

Os Amantes (Tarô).

Estou novamente perdido na emoção,
Dever e desejo se confrontam no interior,
Como dolorosa aos amantes é a decisão,
Ser de meu eu por algo que vejo ser inferior,

Negando realmente quem eu sou por isto,
Com dor manifesta-se a verdade a falar,
Virtude que fujo de modo que arrisco,
Por prazer que ouso por tão pouco me entregar,

Tudo isto que me dedico a entoar de meu ser,
Como dos monstros que na noite alimento,
Do oriente e ocidente me desmontando a ver,
De ambíguo significado revelo o momento,

Como a dois amores a me falarem aos ouvidos,
De meu eu que supero ou ao eu que acorrento,
Da escolha a me entregar a destinos providos,
Me entregar a uma das damas de doce acalento,

A dama que me ajuda a reconhecer quem sou,
Lembrando sempre do que posso eu ser então,
A outra que me leva a tudo que coração desejou,
Só me importando a sensação do sentir emoção,

Tormento é então tomar a esta decisão,
Escolher a eternidade ou então a vida,
Embora eu me negue desta precisão,
A enfim ter que colher flor florida,

Choro-me por ter nos olhos esta névoa,
De olhar desapontado na face a existir,
Das belas damas desejo ter então trégua,
De um pedaço de meu ser a se desistir. 

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Odin à Vagar.



A olhar o brilho de olho retirado,
Luz mística de espírito divino,
Aquele que se assenta a local elevado,
Dos corvos voando no céu matutino,

Ele que caminha por entre videntes,
Embriagado de vinho sagrado,
A mover-se pelo destino a correntes,
Choram as almas do socorro aguardado,

Guerreiros que se movem a ele a clamar,
Entre sangue e vinho se passam os dias,
Dentre morte e cura constante o treinar,
De seus corvos que se têm a epifânia,

Inspirador de sacerdotes e poetas,
A nunca ir contra da lança o escrito,
De seus atos que se ecoam as proezas,
De si mesmo o destino possuir descrito.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Inquietação de Endubsar.

Ouvindo da boca de ser divino,
A tragédia e dor que remonta,
De origem do conflito genuíno,
História dos deuses se monta,

Designo e sorte lançaram a nós,
Nascidos de intuito egoísta,
Da alma sem significado algoz,
De corpo traço possuir o arcaísta,

Das mãos de tantos mestres,
Construídos a tais funções,
Voltado a função terrestre,
A serem então dadas instruções,

Consciência assim produzida,
Implementada na ilusão,
De si mesmo que ele lida,
A salvação à poder na destruição,

Confuso e revoltoso o tão explorado,
Corpo fadado ao destino esquecido,
Caindo e chorando ser guardado,
Da identidade de si o destituído,

Aquele que em nós não acreditou,
Nos mutilou o espírito a tal loucura,
Sem sua dominação não significou,
De nosso desenvolver na procura,

E o que acreditou na nossa capacidade,
Conflito de irmãos a se existir,
Se entregou a nós por cumplicidade,
Nos dando a possibilidade de intuir,

Alguns a saltarem do destino,
Pelo brilhantismo fugirem,
Do potencial que se descortino,
Além do comum convergirem,

A verem então a verdade,
Coisa escondida ao olhar,
A buscarem com assiduidade,
Algo para então os guiar. 

domingo, 2 de dezembro de 2018

A Vagar Pelas Necrópoles.

Silêncio a mente por cada passo,
Do sopro da sabedoria ancestral, 
Do eu antigo que através nasço,
Erguendo da mente o memorial, 

Os choros e risos dos eus antigos, 
A se existirem tantos num único ser, 
Se aproximam como amigos e inimigos, 
A se surgir e desparecer a deus éter,

Deste fogo negro que tudo surge, 
Vindo do inconsciente oculto,
Do significado que tudo unge, 
A visão que me parece vulto,

Desdes as regiões da moral a ir,
No sagrado ser tão dúbio, 
Dos pântanos do instinto a subir, 
Tudo a soar como o pio, 

Vozes das emocionadas,
Alma de ser humano, 
Os tons de professadas, 
Do ser tão estranho. 

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Sofrer do Coração.

Como é doloroso isto,
Do sentimento alguém a dor,
Que me mutila alma nisto,
A alguém que detenho amor,

Tão vazias palavras a dizer,
Vontade de gritar forte,
Que vem me corroer,
Um respiro a morte,

Maldição do coração,
A algo me sufocar,
Que é só mutilação,
Da razão a destronar. 

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

A Olhar o Xamã.

Da Sabedoria o pontífice,
Ser então a voz do passado,
De discurso sagrado artífice, 
Do imemorial o retratado,

Das artes o tal proprietário, 
Sempre sendo vivenciado, 
Pelo dom ser solitário, 
De tudo ser influenciador, 

Ouça a sua cantoria, 
Da fauna e flora o auxilio, 
De dualidade maestria, 
Na magia o martírio, 

Na vibração do tambor, 
Levado ao transe no rito, 
Consagrado ao labor, 
A reviver o sacro mito,

Erguido a copa da árvore, 
Secreto a se manter, 
Negado a profano que explore,
A muito a conter,

Na sua dança a exibir,
Ação incompreensível, 
Do movimento encobrir, 
Fato a ser visível,

Aos animais a sua forma,
Pelas plantas o intrínseco, 
Agir por eles por norma, 
A estes ser extrínseco. 

terça-feira, 20 de novembro de 2018

Reflexões sobre as Emoções.

Como podem ser tão múltiplos, tantas doçuras e temperos a alma vir,
Encomendadas e empregadas pelos deuses no céu, nos banhando,
Estas chuvas e tempestades, como neblinas a nos envolver,
Oh!
A água que cai sobre o corpo, sendo salgada a irritar pele,
Doce a deixar vulnerável, a pingar o meu ser,
O vento e o frio a se misturar com solo quente,
Fumaça e o silêncio a me cobrir,
Que o Criador nos outorgou a entreter,
A doçura e o sal desta chuva, me entorpecer caminhando,
Com o coração tão confuso e iludido a ver por frente,
O sabor nesse que me vele. 

Mundo à Imaginação.

Se é eternidade o mundo a existir, vindo e entristecido pela realidade,
Constituído, remido, oferecido e profando pelo coração do homem,
Contudo,
Ele é amado, apaixonado, iludido e enfurecido a gosto que tomem,
Nada se é tão definido, pois impera a alma dos homens a finalidade,
Das tantas fantasias e ambições a se forem a existir mundo,
Cansadas são as vozes, consagradas e retiradas de ser lúdico e alusivo,
Falo abertamente de poder e o interesse de tantos a falar,
Consumido os tons, tonificados as faces e desgustadas as ideias,
Agora na luz e trevas se aparecem os simbolos no decisivo,
Contados pelas retorções e torções de si a propagar,
A se pisarem e se marcarem no corpo da história como pegadas a areia.

sábado, 17 de novembro de 2018

Canto à Hipatia.


Pelos corredores se falava de tua sabedoria,
Querida que se devotava a verdade, 
Aplaudida por teus alunos pela maestria, 
Embora outros tentaram apagar a tua notoriedade,

Que se moviam rapazes a ti por amor,
Negava-os pelo deleite do conhecimento, 
Mesmo que sua devoção lhes era dor, 
Sem lhe negar o espírito por momento, 

Tu que brilhavas pelo passado, 
Dos sentidos de tua palavra,
De seu saber se têm revelado, 
A maravilha que se lavra, 

Hoje que se tornou estrela, 
Lucidez de tua percepção, 
De brilhantismo que atrela,
A encantar tua concepção, 

É tão grande mestra, 
A então nos reensinar, 
De ti algo se ilustra, 
Que devemos admirar. 

Tentar manter-se Lúcido.

Como é custoso este esforço,
De esforço me é imenso,
De meu eu que assim torço,
Do sacrifício ser intenso,

Negar tal poder a parte,
Do denso a sutil existir,
Equilibrar a contraparte,
De sadio a intervir,

Quantas palavras sem forma,
Tirano amado pelo meu eu,
De entendimento a norma,
Se negar livre de egeu,

Das muitas faces o aliado,
Conhecido a desconhecido,
Deles não ser afiliado,
A excelência o decidido,

Dos tantos sentidos,
Esvaziado de luz,
Assim serem traídos,
Por ouro que reluz. 

terça-feira, 13 de novembro de 2018

Ser Mártir.

Ousado a se desintegrar,
Temeroso a ser deturpado,
Cansado da palavra a falar,
De sua identidade o destronado,

Consumido pela própria fúria,
Desejo inerente a elevação,
De ser portador de histeria,
Verdadeira face a ocultação,

Idealizado,
Constrangido,
Iludido e Amado,
Profano a Sagrado,

Oh tão forte o murmúrio, 
Tão sem sabor a engolir,
De ação sofrer do átrio, 
Do intimo a se partir,

Consumado a existir,
Destruído a forma,
Obstruído a se intuir, 
De ideia o aroma, 

Não acredita a corrupção,
Da natureza o intuito, 
De sua alma a erupção, 
Do lógico o finito,

Ah!

Dá-me o bálsamo no gosto,
Do prazer o sofrimento,
Da responsabilidade o posto, 
De elucidar o momento. 

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Envia-me!

A terras de línguas antigas,
A se manifestarem tais trabalhos,
Histórias cheias de cantigas,
Sem me ser por atalhos,

Ouço a voz de sábios esquecidos,
Que me machuca nos nervos,
Do peso de sentimentos retraídos,
Que a justiça são servos,

A olhar sob areia os andantes,
De tantas juras a lábios secos,
Da solidão sofrer os amantes,
De mente ser então enfermos,

Tradição a me ser a norte,
Cantados a tal destino,
De sabedoria que se porte,
Do eu que me refino,

A sofrer das justiças,
Não sendo tão ocultado,
A tocar como pinças,
Mas a ser manifestado. 

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

A Se Pendurar.

Minha preocupação é erguer a corda,
Pendurar o pé a se estar abaixo,
Olhar do alto ao chão pela borda,
A tudo ver invertido estar embaixo,

O sangue a se descer pela espinha,
A Pressão do sangue a própria mente,
Da mente que se esquadrinha,
Da dor do corpo pela corrente,

Se arde os olhos a se tornarem vermelhos,
Consequente das costas que estendem,
Do mal estar a se habitar a ver espelhos,
A se ter por nervos e ossos que se rangem,

Abnegação de seu bem-estar a vir,
Corpo a se entregar a tal iniciação,
Parcial a idolatrado como mártir,
Que se aguarda vir após escuridão,

Como do coração é a ocultação,
Tão macio a se ser o nítido,
Mutilado a invisível constatação,
Do próprio a ser crítico,

Daquilo a se alcançar,
Flutuante é o factual,
Do êxito a se abarcar,
Prova ao individual,

Do transe ser espiritual,
A se aceitar vir destino,
De se vencer ser ritual,
Do eu que elimino,

De estar pendurado é a dor,
Ao mesmo se significar,
Tempo demorado a compor,
Da personalidade a se amolar. 

quarta-feira, 31 de outubro de 2018

A Ouvir o Músico.


Ouça a maravilha da música,
Som poderoso e tão majestoso,
Lhe sendo o tom de metafísica,
Que se torna então gracioso,

Impregna minha imaginação,
Volta-se a ser tão bela,
Como que tateia coração,
Mais sincera que da tela,

Nem pintura a descreveria,
Da palavra a lhe parecer,
Nítido encanto que deveria,
Mas do sentido entorpecer,

Tão aguda a soar grave,
Evoluindo a se misturar,
De melodia o encrave,
Traço sutil a captar,

Acompanhada pela cantoria,
A multidão a individuo único,
De delicado lábio a maestria,
A abençoar a ecumênico,

Voz doce e infantil a envelhecida,
A ecoar da língua antiga,
Da harpa a corda bem enrijecida,
A soar ao ouvido coisa meiga,

Ah!

Longas são as combinações,
Harmônicas a dissonantes ouvir,
A me gerar tais emoções,
Do deleite o ser a esculpir,

Tão rápidas e agudas,
A nos parecerem tantas vozes,
Tão visíveis a miúdas,
Como das pinturas as matizes,

Oh!

Nela que se aperfeiçoa silêncio,
De um pequeno instante o encanto,
No belo lhe ser o corpo artificio,
Como do sagrado o cobrir manto.

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

O Comunicado.

Tanto a me ser na fala o assunto,
Das intenções tão dúbias,
Como do especialista afundo,
A carregar a essas fobias,

Imaculado o tão deturpado,
Mas a olhar era malicioso,
Estranho ser tão declarado,
Aquilo que é supersticioso,

Como da interpretação ali,
Aquilo que é tão intrínseco,
A destruição da deusa Kali,
Tendo a pele sangue seco,

Místico no enunciado,
Erguido sobre Betel,
A ser então o iniciado,
Descoberto a céu. 

domingo, 21 de outubro de 2018

Quero Aquela Fé.

Quero ser aquele moleque novamente,
Cheio de brilho no rosto e no olhar,
De pureza e convicção inerente,
Do coração disposto a alguém amar,

A continuar com gênio tranquilo,
Sabendo ao que se deve nem ver,
Tentando tanto manter tal sigilo,
Que minha devoção tive que perder,

Pesada ao coração,
Cansada de existir,
Pois é forte emoção,
A consciência a me constituir,

Nossa! Quero de Deus perdão,
De olhar pesado é a vista,
A me consagrar na imaginação,
Pois ali é Niilista,

A Palavra é tão fria!
A Palavra é tão forte!
A Palavra é Infinita!
A Palavra me livra!

Eu só quero possuir coração!,
Do sangue divino pulsar,
Não negado por corrupção,
De ancestral a carregar. 

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Esforço a Excelência.

Eu sempre me reviro,
Nessa agonia violenta,
A plenitude que miro,
Agir a atitude sangrenta,

Necessidade de se ter saúde,
De Heráclito a ter dialética,
Asclépio que se ao mesmo alude,
De Hércules se ter a estética,

Não importa o quanto eu corra,
De meu eu não consigo vitória,
Nem o quanto meu corpo sofra,
Sempre ás vezes desvio trajetória,

Me percebo por mim derrotado,
Quero negar tanto este animal,
Como a um rei a ser tão destronado,
Sacrifício este no altar de Tao,

Oh! Como Robespierre iludido,
Negar do humano a corrupção,
Que em sua alma já está introduzido,
Veio assim a maldita locução,

A ser como Burke tão cético,
Da boa vontade de Kant atraído,
Desejar a mim ser médico,
Por Hobbes eu sou convencido,

Como Dom Pedro Primeiro dividido,
Entre o que me é desejo e dever,
Como a Bonifácio ser decidido,
De Leopoldina do sentimento doer,

De meu coração se pese de Ma'at a pena,
A Quetzalcoati a ir ao submundo,
De Aquiles gritar Ares a cena,
A Platão se ter visão de mundo. 

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Pensamento Revertido

Tenho o próprio pensamento revertido,
Cansado da própria linguagem a possuir,
De minha própria filosofia sou convertido,
Impregnado a fazer o significado a intuir, 

Significante a se carregar o peso simbólico,
Destroçado como a linguagem,
De consciência sóbria a destruir como alcoólico, 
A ser visto como triagem, 

Assessorado pelo ser mítico, 
Tendo que possuir o ego frágil,
Ao tom de múltiplo político, 
Podridão a impregnar tão ágil, 

Emboscado pela final morte,
Nunca da face o revelado,
De suas virtudes ter o porte, 
De si o mesmo vetado, 

Minha palavra a nunca entender,
Nem eu mesmo entendo a palavra,
Pois aquele terá que me conhecer,
Me pergunto que você assim lavra?, 

Por vezes crítico tão fortemente,
Percebi como do verso é confuso,
A ser elogiado como daquilo amante,
O entendimento subjetivo é difuso,

Me perturba da crença contrário ser acolhido,
Aquilo que com loucura eu assim reprovo,
Como defensor de qualquer tom o atribuído, 
A então buscar ao pensamento o que inovo. 

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Amar ao País.

Tão tendenciosa é minha fala,
Cheia de torpeza e de malícia,
Mas a ninguém que se cala,
Nos ter da mente busca perícia,

Honrado aquele que reflete,
De suas reflexões é cativo,
A sua convicção lhe espete,
De si busca olhar altivo,

Tantas palavras a ser confusa,
Empenhadas nestas intenções,
De coração que a si abusa,
Tais elementos de flexões,

Ídolos que revelam descrença,
Sem tatear o tal político,
A se agredir por diferença,
A trazer o tom tão crítico.

domingo, 14 de outubro de 2018

Medo é o Que Sinto.

Tanto medo eu tenho! De me erguer contra meu ser novamente!
Empunhar do prazer e ir ao remorso! Maldito coração confuso!

Quero me abster do meu eu! Oh! Me enfrentar por dentro e no intimo!
Não negar o traço divino no meu ser! E do traço animal me dominar!

Eu sinto algo,
De falar o filosófico,
O ser que trago,
Sem o tom teosófico,

De falar ao ser magistrado,
A história então reescrita,
Dos akáshicos o registrado,
Do mítico a histórico adscrita,

Se descobrir do humano acordo,
O que causa até hoje a queda,
Do ancestral a fala que abordo,
Da ignorância a bendita moeda,

Condensado sob inconsciente,
Dos tormentos tão perenes,
Transformado a algo vidente,
A ser ocultado sob genes,

Se descobrir origem o folclórico,
O elemento então a ser lendário,
Aquilo que se tinham tom retórico,
Descobrir o pelo tempo signatário,

Temo o tão forte esquecimento,
Das milhares de faces que tive,
A me proteger o eu fragmento,
De tantas torções que retive,

O Além-Deus a vir,
Que trucida a ignorância,
De si mesmo se corrigir,
Ao ver ali na substância,

Se descobrir eterno agora,
Da Mente Divina abrigado,
A ser infinito por hora,
De reflexão universo retratado,

Sofrimento é emoção a intensidade,
A nos tornar tão frágil cativo,
Que viola o juízo da mentalidade,
Continua auto-mutilação ser ativo. 

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

O Próprio Cativo.

A sós falo com Hermes,
Ocultado dos olhos de Hera,
Aprendendo a força de Hércules,
Mas sem nunca negar a fera,

Possuir a loucura de Cadmo,
Tentando criar um novo ser,
A sofrer do silêncio de Príamo,
Sem nunca se reconhecer,

Acorrentado da mente como Prometeu,
Embora me curve ao juramento de Hipócrates,
Apesar de não reconhecer o que sucedeu,
Se buscando a fala como Sócrates,

Choro meu salgado,
Doloroso humor,
Vivido o tão pesado,
Usado o motor,

A ter o segredo de Ningishzida,
De um ato honroso a Nimah,
Coisa difícil que se lida,
Ser grandioso como Adapa,

Buscando a sabedoria de Luria,
Entendendo afundo a Cabala,
Coisa sagrada que construía,
Impregnar de saber a fala,

Intento sem citação,
Voz esvaziada de som,
Coação a ser mutilação,
Despesado de tom. 

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Choro ao Além-Deus.

Nesta infinita reviravolta,
Nas palavras sem o dizer,
Do interno me ser escolta,
Corpo sagrado a corroer,

Inflamado o corpo doente,
Doente por me ser o dono,
Embora do humano seja a frente,
Que sempre me retira o sono,

Além-Deus reservado,
Injustificado e desconhecido,
Ah! Se mantém preservado,
Da lógica não é amanhecido,

Humano me é a dor,
De sabores mesclados,
Embora seja sanguíneo odor, 
Dos tempos atravessados,

Flechados aos pontos,
Abandonado por mim mesmo,
Amado por contos,
Encontrado a segundo esmo,

Caído sob a chuva, 
Escondida sob a lua, 
Coisa que se louva,
Emoção a sentir nua,

Abaixo a alto o desencontrado,
Sorriso lamentoso a gosto,
Como por flecha ser perfurado,
Da consciência ser o posto,

Coagula a cintura,
Ter estorvo a toque,
A misturar-se tintura, 
Ocultado que evoque. 

Caminhando Junto a Mestra.

Eu que com vergonha me aproximo,
Pois em segredo ela educa coerente,
De seu discurso sou pouco próximo, 
Pois com cuidado cultiva a corrente, 

Para passar o conhecimento a poucas,
Embora do coração sinta a solidão,
Não se transformando sua arte a bélicas, 
Por seu propósito têm imensa devoção,

Embora tantos a temam é bondosa,
A que cura as feridas dos seres,
Vivendo a outros a ser cuidadosa,
Ensinando segredos apenas a mulheres, 

Prestigiosa é a sua arte,
Que não se capta a olhar masculino,
De tanta intenção se farte, 
A possuir o tom de ser felino,

Esta que se comunica aos mestres,
Mantendo viva a mais antiga tradição,
Moeda de troca são os seus saberes, 
Sendo que se competem pela erudição,

Que se preservam na religião,
Embora falem de coisa ancestral,
Mesma que simbólica têm união, 
Em uma língua a ter magistral, 

Pois a maior mestra é a cerimonial,
Lhe sendo o maior requisito descrição,
Forte e poderosa em um tom cordial,
É crucial isto nesta mesma condição. 

Um Galo a Esculápio (Asclépio).

Te ofereço novamente ao amanhecer,
Pois de tua arte fui curado o espirito,
De teu esforço a mim não adoecer,
Com teu cuidado sempre tão restrito,

Teu ofício a possuir cura holística,
Sem separar o ser denso do sutil,
A possuir a cura de forma rítmica
Tendo assim o conhecimento gentil, 

Vindo a falar em mundo alusivo,
Onde indica e fala com esperança,
Sendo ao teu paciente o incentivo,
O gerando no ser a temperança,

De interno a externo o sadio, 
Sendo tratada a persona e a mente,
Nisto a todos ser o prelúdio, 
A lhe dar trato tão coerente. 

domingo, 7 de outubro de 2018

Guerra de Azanulbizar.


Tudo começou aos anões a fugir por dragão,
Talvez iniciada por ambos ter ganância,
Por ouro maldito se iniciou a grande destruição,
Enchendo aos filhos de Aule o ser arrogância,

Tanta ira e vergonha se abateu a casa de Durin,
Envolvidos numa impetuosa do coração loucura,
Que se poderia se assemelhar ao intento de Turin,
De seus inimigos os exterminar lhes ser a cura,

Numa violência e ódio imaginável guerrearam,
Nada agradável se foi a ninguém esta batalha,
Com tudo de seu poder contra orc se armaram,
Se provar a morte aos montes do golpe a malha,

Que não se ficou registrado por história de Eldar,
Embora por alto se saiba e de algo foi o oculto,
Pois de sua moral seria a elfos difícil a se lidar,
Não é de lidar com facilidade de Khazad tumulto,

Pois dos Sete Pais os filhos são muito poderosos,
Da força e do intento de Aule os são formados,
Tendo em si mesmo a força a serem orgulhosos,
Que da própria rocha por Mahal foram animados.

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Sentir Vazio.

O suar de um corpo quente,
Entre lábio e língua esperta,
Carinho sobre corpo pendente,
Dor e prazer na sua descoberta,

Olhar os olhos tão brilhantes,
Envolvidos num nevoeiro,
Nervoso e desejoso o infante,
Meu medo disto ser traiçoeiro,

Estou perdido na tentação,
Carregar dentro tanto peso,
Sentir do corpo a contração,
Apesar nisto estar indefeso,

Tão forte e tão frágil,
Eu ser emoção a habitação,
Tendo máquina tão ágil,
De tanto o ser a locação,

Do movimento rápido,
Sentir se exaurir a mente,
Na noção própria rompido,
Vulcão a ser tão piamente,

Lentidão no cansaço,
Do músculo a exigência,
Descobrir não ser aço,
Se desfrutar da carência,

Cuidado a moça,
Deste ser tanto,
Que vem a cobiça,
Do máximo portanto,

Não se fantasiar a mentira,
Criar expectativa só ilude,
Que o escuro retira,
Pois tenho pouca virtude,

Portamos todos a incerteza,
Esta que impregna a juventude.
Se cobrar a algo é dureza,
Temos nada que se alude.

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Culto ao Deus Marcial.

Por ti ergo a espada,
Vontade penetrante e impetuosa,
De mim a morte será entrada,
A vício se render a coisa virtuosa,

Oh Grande Gladiador! Me conceda tua Força!
Tão Majestoso Guerreiro! O mais Sábio estrategista!
Quero Trucidar o mal e a indisciplina na alma!

A minha alma deseja do mal a morte,
Irei matar hoje minha vontade mortal,
Violência contra vício a empregar sorte,
Pois esta Guerra é a coisa mais moral,

Tão interna que é mais funda que a alma,
Com a excelência da força o golpe certeiro,
Como a espada que habita minha palma,
Tanto que é de tremer o corpo inteiro,

Destruir o minotauro interno,
De todos os defeitos os exércitos,
Lhes abalar como o inverno,
Pelo olhar a guerra a olhos explícitos,

A me envelhecer o pensamento,
Soberano a me exigir ao máximo,
Da virtude o pleno treinamento,
A empenhar de modo bravíssimo,

Impetuoso a destrutivo a simplório,
Tornar-se respeito pelos deuses,
Ter ato no mundo tão notório,
Ensinamentos a atos tão corteses,

Ser então um ser tão solar,
Que irradie com força as virtudes,
Que todos percebam ao olhar,
Tanto a ensinar a mínimas atitudes. 

Ir a Ver o Hierofante.

Irei ver o sábio com cuidado,
Pois sua fala me é prestigiosa,
Sobre o segredo do circuncidado,
Segredo que há a coisa religiosa,

Prestando a plena atenção,
Pois ele elucida o detalhe muito,
Me sendo a apresentação,
Aparecendo o ocultado ser intuito,

Me educa na ciência visível,
Tantos pensamentos a significados,
Mostrando em mim o indivisível,
De tudo que se aparenta a retratados,

Elementos dos dois mundos,
Os internos a externos a história,
Múltiplos a serem tão profundos,
Os desmascarados a viver na memória,

O saber dos tantos ancestrais,
Vozes que ecoam até agora,
Saber dos iniciados em espirais,
Se revelam a preparados na hora,

E é a este que lhe fala,
A possuir tal explicação,
Saber que ignorar cala,
Sendo no rosto a revelação,

Por isto prestar atenção ao olhar,
Devido a cauteloso cuidado ambíguo,
Intenção a conhecimento prestar,
Sábio a criterioso o enxáguo.

Novamente Se Erguer.

Após o cruel golpe,
Que mutila o coração,
Fazendo ação torpe,
Da virtude a ocultação,

Desejo enfim ressuscitar,
Majestosidade Humana,
Perdido elo a explicitar,
Que se torna tão profana,

Embora esteja caído,
Por violência interna,
Significado tão detraído,
Sem luz a ver externa,

Me sinto o neófito,
Descobrir a origem,
Maravilha do rito,
Excelência que exigem,

A virtude a irradiar,
De tantos se abster,
Capacidade a afiar,
Disciplina a deter,

Moralidade a embriagar,
Que vigia a mentalidade,
Monstruosidade indagar,
Se purificar a prioridade,

Ser enfim o diplomata,
Do pleno moral ao animal,
Consciência viva a automata,
Traço divino ao tão mortal,

Quero queimar este ser,
Meu ser tão maligno,
Apego a figura a morrer,
Me remover do signo. 

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

A Arte de Amar.

I.

Quero ser o mestre desta arte,
Poder estimular o que presta,
Embora do individuo seja parte, 
Me proporcionar fruto disso resta,

Sejam nas amadas que observo,
Como a cultivar as mais belas flores,
Cuidado impar que lhe reservo,
Desejando lhe privar então das dores,

Do mais humano que o celebre,
Desta que se tem tanto receio,
Este cuidado que arde igual febre,
E poucos que carregam anseio,

Quero novamente o dizer,
Possuir o tão então discernível,
Aquilo que desejo responder,
Algo que seja assim tão visível,

Ter o tão amável cuidado,
Como o corpo de mãe o descanso,
Incentivo de pai dom trabalhado,
A se cuidar o coração manso,

Se tornar então o humano disciplinado,
Que embora não acredite não o ofenda,
Difícil assim não ter o coração treinado,
Que domar o próprio animal se entenda,

É este que é grandioso,
Embora na história é fantasma,
Possui coração habilidoso,
Assegurado por nítido quiliasma, 

Pois é semelhante ao herói,
Que não lida com o monstro,
Semelhante caso o anti-herói,
Da virtude excelente ser o astro. 

II.

Se descer as profundezas suas, 
Da dor e prazer as conhecidas faces,
Encarar suas próprias criaturas,
Perceber de seus dizeres as nuances,

Como o então político quiser,
Favorecendo o ego assim,
Corrompendo o todo do ser,
A distorcer o fateusim,

A tendência nítida de Euclides,
Entendendo cálculos diofantinos, 
A ter assim como verdade égide, 
Os pensamentos mais repentinos, 

Como o assim terno pitagórico,
Se descobrir amante da górgona,
Responder de modo categórico,
Qualidade a defeito ser isógona,

Sempre refazer a individuação,
Reinventar o próprio líbido, 
Do ser Humano a atuação, 
No melhor ser então exibido,

Guerrear a natureza finita,
Dual prostração a sepulcro,
Contra a que vícia ser infinita,
Dos sabores a dores como velcro. 


sábado, 29 de setembro de 2018

Minha Ambição.


Há no meu lábio esta palavra,
Buscar sempre a máxima excelência,
Quando não a busco tudo trava,
Primeira a se manifesta na consciência,

Quero a ter na forma humana,
A possuir com minhas emoções,
Nunca a ser de forma tirana,
Me descobrir por estas noções,

Toda coisa que eu ter,
Desejo a ter na virtude dela,
Virtude a qualidade deter,
Magnificência nela,

Ter a verdadeira natureza,
A Humana por assim dizer,
Coisa que sempre foi proeza,
O atributo mais difícil a deter,

Os que a possuíram geraram religiões,
Deixaram o rastro do que são virtudes,
Pois eles iluminam a milhares de gerações,
Coisa mal entendida que tanto se alude,

Embora profanem tanto seus ensinamentos,
Com maldade e falta de discernimento o são,
Distorcendo a muitos dos nossos entendimentos,
Vidas e almas se sofrem por esta perpetuação,

Renegado significado a se ter tanto na fala,
No reflexo do olhar se carrega o fantasma,
Voz Humana que sempre o ego lhe cala,
Gerando a falta de ar a se tornar pura asma,

Por isto vale sacrificar a vida,
Este sonho de se aproximar a Verdade,
Mesmo que a história não seja lida,
Significar de verdade algo a Humanidade.

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Indo Ver a Musa.

Me regozijo de ver a sábia,
Mulher encantada que ilumina,
Mas que possui a melhor lábia,
Minha alma que por ela se disciplina,

A olhar deve ter muito cuidado,
Do nervosismo a excitação,
Pois muito é sem querer elucidado,
Podendo atrapalhar a captação,

É ela que impregna as minhas falas,
Enchendo de sabores o sem gosto,
Do pequeno pensar a muitas escalas,
Ficando tão nítido o que é suposto,

É desconcertante o seu riso,
Ali é algo sempre aprendido,
Aparecendo o que eu viso,
Podendo alguém ficar aturdido,

Porque tudo dito é dúbio,
Sendo algo como exaltação a dor,
Sempre relido como provérbio,
Tanto ambíguo como educador,

Aos pés da musa há sempre inspiração,
Pois ela se inclina a auxiliar o poeta,
Saindo-se o mais belo que se há a coração,
Observando que há mais de uma faceta,

Difícil é manter a concentração,
Pois de a olhar é fácil se perder,
De seu véu sempre se há contemplação,
Tentando algo de seu encanto deter,

Após do verso escrever há a partida,
Que quem a viu nunca irá se esquecer,
Sendo retornar a coisa mais doída,
Desejando ali sempre permanecer.


Aprendiz Desiludido.

Tantas são as lágrimas,
Um riso sem alegria,
Tantas são as estimas,
Inverno que não esfria,

Há tanta raiva e frustração,
Longas e demoradas amanhãs,
Sempre sendo portador da condição,
Brigas consigo a ter tão vãs,

Um incômodo contínuo,
Cansado de olhar o espelho,
Olhar o ser tão ingênuo,
Como o filhote de coelho,

Ah! Quão sem significado é,
Minha palavra nesta rima,
Perdendo o símbolo do até,
Desencontro com obra prima,

Quero chora o que não chorei,
Há na minha fala apenas som,
Encontrar quem não encontrei,
Não tendo nenhum tom,

Me toquem a bela melodia,
O riso de quem eu amo,
Por esta eu sempre melhoraria,
Buscando afinal o bálsamo,

Tantas são as ditas falas,
Empregadas a quente ferro,
Tendo a carregas as malas,
Tendo que suportar o erro.

terça-feira, 25 de setembro de 2018

Buscando a Devoção.


Quero-me devotar a grande causa,
A algo que orgulha a eternidade,
Ideia de humanidade que se usa,
Sem se ver a fim a veracidade,

Este conceito que nos constitui,
Sem validade e só por acentuação,
Significado infinito que nos intui,
Sendo apenas oca e pia concisão,

Fala de sentido diverso,
Elevado a profanado símbolo,
Imagem intocada por verso,
Ignorado a se tornar ídolo,

Imagem excitada a fio,
Como cabresto a ser polido,
Coisa a ser emblema de trio,
Do amor de um homem doído,

Quero percorrer a Grécia,
Caminhar pela terra Inca,
Aprendendo tais peripécias,
Ter conhecimento que finca,

Tentar ser então fenício,
Se projetar novamente,
Devotar a este ofício,
Sendo convincentemente,

Quero-me apaixonar novamente,
Do olhar do ser mais ínfimo,
Da alma que falo especificamente,
Me descobrir dele ser primo,

Como Quíron ser educador,
Da ação de Enki famosa,
Curiosidade do Odin ser portador,
Ter de Salomão a prosa,

Por Xuanzang disciplinado,
Em Quetzalcoati ter salvação,
De Susano'o ser treinado,
Por Jibril a orientação,

De Guaraci o encanto,
Mauí portar o mistério,
Belbog o tom do recanto,
De Buda o critério. 

domingo, 23 de setembro de 2018

Yarilo a vir.

E se vem de além-mar o cavaleiro,
Montado em belo cavalo a vir,
Que sobre mar assombra marinheiro,
Vindo este após grande noite cair,

Filho de Perun da grande noite,
Que se renasce por todo ano,
Tendo a donzela que o aceite,
A se mover por ser soberano,

Por desejo lhe acontece morrer,
Traindo a próxima do coração,
Fazendo então terreno sofrer,
Sendo vida se ocultar a plantação,

Responsável é a de Yarilo rainha,
Coroada com tamanha responsabilidade,
Cuidado do rito que se detinha,
Prezando a máxima habilidade,

Que os amantes te imitam,
De teus amores com Morana,
Apesar das coisas que esfriam,
Buscar renovação tão insana.


sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Canto de Exaltação.

Quero honrar a todos meus ancestrais,
Terem de mim o maior orgulho possível,
Ser o filho em excelência aos meus pais,
O melhor humano a ser hoje cabível,

Chorar por não ter amado mais,
Não ter vistos mais sorrisos e alegrias,
Dos outros ajudar a ter bons finais,
Negar a todos emoções tão frias,

Juro que quero amar de verdade,
Quero me sacrificaria por este amor,
Tentando encontrar na mocidade,
O perfume do amor no seu odor,

Como a palavra de meu verso,
Impregnada de um caloroso coração,
Queimando em alegria a berço,
O toque amoroso nesta canção,

Quero ter um coração humano,
Suspiro como a corsa por água,
Pois tenho sentimento romano,
Minha condição que deságua,

Ouça minha fala do antigo,
Desejo me voltar a santo rito,
Se acostumar é o tal perigo,
Não repetir a história do mito. 

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Ao Que Me Dedico?

Pelo que vale a pena no mundo sangrar?
Hoje o que é importante é sem valor,
Choroso é o culto a virtude a enfrentar,
Coisa verdadeira que a alma tenta impor,

Quero chorar e rir pelo verdadeiro amor,
Guerrear contra vício que tenho tanto ódio,
Não essa burrice que todos tentam impor,
Turbilhão sem vento e água do retórico lábio,

Onde mora o ser humano nisso tudo?,
Eu morreria e me sacrificaria por ele,
Embora eu o veja como ser tão mudo,
Suportaria o sofrimento na causa dele,

Se pelo menos o encontrasse,
Me pergunto ao que vale viver?,
A algo que eu assim alegrasse,
Só ao que com gosto fosse morrer,

Mas vejo pobreza de humanidade,
Insuportável por ele mesmo,
Tantos escravos de animalidade,
Tornando-se o ser tão enfermo,

Insulto foi o que eu fiz aos animais,
Os ofendi comparando aos humanos,
A estes tão traiçoeiros e brutais,
Tantos de vazios a sofríveis anos,

Oh Musa! Amada que consola meu coração!,
Não me deixe viver sem de ti encontrar,
Quero contigo erguer a mais bela canção,
Por ti sempre irei do verso cantar.

terça-feira, 18 de setembro de 2018

Refletindo Sobre Este Tempo.

Hoje é saboroso ao coração a negação,
Daqueles que na voz há a nós maldade,
Nos levando a separar-se por discussão,
Sendo da verdade a plena continuidade,

A coisa velada que inunda nossa idade,
Retorcendo e se desfazendo por vivida,
Impregnando em nós por nossa cidade,
Do vazio a deturpação a nos ser trazida,

Figura a ser ídolo no mais pio fascínio,
Retardo a calado por simples conduta,
Retratada a ser maculada por martírio,
Olhar de individuo que assim consulta,

Conceitos a falas de inúmeros tons,
Palavra cansada a ser tão repetida,
Sendo o maior escarnio a seus dons,
Imagem do coração a ser expelida,

Desejo que há a virtude se servir,
Mas esvaziada de básico peso,
Sem significado a humano cair,
Torna-se lugar de maior tropeço. 

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Canto I.

Ouça a plena voz do oculto,
Que fala o verso encantado,
Amado pela nossa alma cansada,
De tantos sabores do corpo vivo,
O dito culto do silêncio,
Que tantos fogem horrorizados,
Desejando fugir sem atrito,
Tornar-se a criatura atribulada,
Se perceber novamente cativo,
Abusado e violentado pelo vício.

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Busca de Gosto.

Como a corsa que pranteia pelo gole,
Como o cervo que se treme pela sede,
Da fadiga o homem que perde o controle,
Por beber de água que se tanto pede,

Notável é o tamanho vazio,
Que do chorar não cede,
Sem consolo do corpo macio,
Voltar-se ao vazio excede,

Choroso é este momento,
Que tanto se repete,
Mas que se torna tormento,
Da vida que se compete, 

Querer voltar a coisa verdadeira,
Não se perder por alguma tentação,
Assim podendo erguer esta bandeira,
Tentando de tantos a aprovação,

Como o indigno golpe,
Da alma do humano,
Desejando o torpe,
Culpando o fulano,

Mas é só seguir labirinto,
Dando muitas voltas,
Podendo ser extinto,
Almas tão soltas,

Falando coisa com nada,
Sendo pior que o maluco,
Tendo mente tão maculada,
Se entendendo tão pouco,

Tendo no lábio tanto sabor,
Não sendo nada além de poeira,
Não significando nada a odor,
Perdendo a si por imensa bobeira,

Não se aguentando a existir,
Culpando o mundo por tudo,
Mas ele que se tem de oprimir,
De si mesmo se tornar mudo. 

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Nunca Vi Tanta Idiotice.

Nunca olhei os olhos de gente tão idiota,
Que grita e chora por tantas horas,
Mas sem sentido são seus dizeres a coisa torta,
Seus amores e ódios mais nojentos que bosta,

Estou cansado de ouvir tanta gente,
Desejo que agora Deus me leve,
Pois no humano não há o que preste,
Maldição do conhecimento que se teve,

Dê a vida em mim a quem querer,
Mas que faça coisa muito melhor,
Mais impacto que do verso escrever,
Assim nunca irei me opor,

Abruptos são os meus dizeres,
Envoltos do mais profano encanto,
Mutilando os tais prazeres,
Que muitos desejam ao pranto,

Estou disposto a morrer por coisa melhor,
Sacrificar meu sangue e alma pelo que importa,
Isto que neste tempo há muito pouco sabor,
Querendo atravessar por esta porta,

Quero tanto que se mostre a Sabedoria,
Que tantos morreram a tentar conseguir,
Sendo do humano a maior maestria,
Que futuramente tantos choraram a aderir,

Pois foi falada por bocas verdadeiras,
Cheias de humanidade e consciência,
Que erro não se esconde nas prateleiras,
Atormenta a opaca de existência,

Que tiveram a condição humana,
Tão verdadeira e incompreensível,
Se distorceu a coisa tão profana,
Que agora é coisa tão risível,

Quero que alguém me diga que há pelo que viver,
Não sendo os tão vazios discursos a se ouvir,
A humano nobre que me candidato a morrer,
Desejando a seu proposito sempre servir,

Oh! Musa de meu coração! Console a minha alma de tal deturpação!
Amada de minha alma! Que por teu destino nasci no mundo!
Não me deixes e não me negues o toque de teu manto!
Nasci e morrerei por ti! Agrada-te de meu serviço!
Sempre erguerei minha espada por teu amor!
Consola-me com o teu encanto!

domingo, 9 de setembro de 2018

O Ridículo Idolatra.

Bizarro é o que na imagem não vê o significado,
Não alcançando a essência da figura,
Assim nunca tendo da sua ignorância sacrificado,
Sendo plenamente a criatura burra,

Que ergue o altar a tal coisa,
Nunca se prontificado a ela,
Seja ela abstrata a coisa física,
De palavra a ser que desenha na tela,

É como o médico que diagnóstica,
Sendo o mesmo que não tem ensino,
Com cura falaciosa ele se prontifica,
Não sabendo sacrificar ao ser divino,

A poucos o conhecimento é sedução,
Citando a inúmeros nomes de crenças,
Fazendo de muitos homens formação,
Com tantos mestres entender a diferença,

Agrada a ser divino o sacrifício de vício,
Que mutila e atormenta aos de perto,
Sendo este sempre o melhor sacrifício,
De destruir este maldito o maior acerto,

Que todos os vivos deveriam celebrar,
Quando o humano a melhor se compromete,
Mesmo que ao melhor ele tenha que sangrar,
Mutilando ao ser demoníaco de dentro da pele,

Pois do vício e da ignorância é o nítido inferno,
Disfarçando o demônio no sabor do prazer,
Tendo a possível morada no ser humano,
Promovendo maluquice e ódio a fazer,

Que por má compreensão do que é bendito,
Viola e atormenta a humana dignidade,
Que infelizmente não é tão ensinado e dito,
Ficando velada por significado na subjetividade,

Pois falo somente do significado intimo,
Que se revira quando você o nega,
Mas o que há de melhor em você estimo,
Que toda crença sempre prega,

Sacrificar os defeitos para os nossos amados,
Ajudando-os a ser também coisa melhor,
Promovendo a virtude sem deixar acuados,
Não tendo quer ser humano o tal penhor,

Mas sonhar infinitamente com coisa além,
Tornar-se cúmplice da verdade,
Coisa que no mundo de hoje ninguém quase detém,
Tornar-se assim estimado por ter a verdadeira humanidade. 

sábado, 8 de setembro de 2018

Ouvindo o Sábio.

Me compele o desejo de olhar o falante,
Observar a intenção de seu olhar,
Que guarda segredo de tom interessante,
Embora não revele muito ao falar,

Noções de muitos sentidos,
Seguido de um longo raciocínio,
Nem tudo sendo o entendido,
O impele de vontade o sacrifício,

De palavras tão complicadas,
Perder-se a pureza de ideias,
Podendo ser tão profanadas,
Criando da mente as cadeias,

Embora explique o sofrimento,
Criando toda a argumentação,
Não há o definitivo afastamento,
Aqueles que o sofrem no coração,

Tornando-se pouco compreendido,
Por palavra o friamente escolhido,
Sendo de tudo o próximo compelido,
Na mente não sendo tanto acolhido,

Sendo ele o que traz harmonia,
Ou apenas a confusa desordem,
Implantando de ideia hegemonia,
Coisa ambígua que concordem,

Pois o que é certo é difícil fazer,
Já o errado é deleitoso ao físico,
Da bondade é o tortuoso sacrifício a ter,
Que a muitos é o imenso agonístico,

Que nunca foi a não ser a plena loucura,
Tristeza que cerca os grandiosos,
Sendo eles a maior humana figura,
Sofreram pelo amor caminhos tortuosos,

Que enchem a mente de tantos de fascínio,
Poucos foram os que se candidataram,
Temendo eternamente o profundo escarnio,
Daqueles que estes tanto amaram. 

Segunda Fala.

Tendo tanto a ser falado e havendo pouca palavra,
Tortuoso pensar na verdade lavrada a ser contada,
Pensando e se queimando o corpo a coisa que trava,
Ocioso e meticuloso é minha questão a ser computada,
Por Quadricular a Circular se é a mensagem enviada,
Portanto e enquanto se queixarei a novamente falar,
Passado velado a significado onírico a simbolo freudiano,
Tramar a se queixar que com o ser é mediano,
Por escudo com a face da medusa a musa do junguiano,
Embriagado de significado e afastado de sentido,
Tanto a ser falado e contido que é o mais oprimido,
Falar tão pouco e possuir o sentido diverso,
Nada contado em verso ao humano universo,
Sagradas são as pegadas de figura,
Silenciado e mutilado da questão privada,
Tintura a ser levemente treinada.  

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Escrevendo Um Poema.

É verdade que coloco meu sentimento,
Buscando na palavra o entorpecido,
Que está preso ao mero momento,
Não semelhante ao que me dedico,

Me envergonho de escrever tão mal,
Tapando as feridas de meu coração,
Embriagado de tufão sentimental,
Assumido de imensa deturpação,

Cansadas palavras do eu,
Vazias e cheias de significado,
Buscando sempre o que já cedeu,
Nem de tudo já tenha praticado,

Falando intrigado e relacionando,
Do mero abstrato ao saturado sonho,
Tendo o simbólico ao metódico ecoando,
Retorcendo e se revirando ao ganho,

Tão complicado e ínfimo pavio,
A voz anasalada a horrível grito,
Como ergue das velas o navio,
Da tempestade o mais perito,

Mergulhado nestas profundas águas,
Olhando a luz a descer a ti,
Por esta alma que se deságua,
Que nos olhos a vejo partir,

Novamente se renascer Dela,
Encantada que abençoa meu verso,
Palavra que sempre vela,
Dando o significado diverso,

Nas mãos que tocam esta arte,
Como o toque delicado o corpo da Musa,
Procurando o belo nela por parte,
Beijo carinhoso que toca quem usa,

Tantas voltas ao único caminho,
Se cedendo ao mero capricho,
Muitos que com Ela não tem carinho,
Sofrem de serem o entupido lixo,

Pendulando a palavra aguda a grave,
Se retorcendo e desfazendo o detalhe,
Dos poucos que foram ao desbrave,
Com cuidado fazendo o entalhe,

Torne-me da Musa o pontífice,
De reverberar os múltiplos sentidos,
Da mesma palavra o artífice,
Tanto a ser no dito contido,

Quero falar a língua divina,
Para conseguir falar com tua alma,
Não sendo da morada a doutrina,
Com que o ouvido se acostuma. 

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Algum Lamento.

Por estes dias que eu te procuro,
Olhando pelo reflexo que reflito,
Beijo do argumento que é vindouro,
Das vozes consternadas o infinito,

Olhando os olhos da minha medusa,
O choro silenciado da bela gueixa,
Que se grita a minha musa,
Que há a sempre a plena queixa,

No ódio excitado afasto do ideal,
Insolente emoção do ser brutal,
Do atrito infinito o pleno leal,
Em voz rouca o grito gutural,

Entorpecido da minha existência,
Carregando sobre a face o vexame,
Dos sábios a coexistência,
Tendo suas vozes como tsunami,

Nas delícias da dor humana,
Atribuladas sensações de ti,
Ouvidas por todas semanas,
Todo dia a vejo partir,

Esvaziadas da nossa essência,
Não tendo a minima força,
Procurando até uma eficiência,
Ansiando água como a corça. 

Sacrifício.

Se nego a entregar neste altar,
O que me custou tanto a ter,
Terei que contra mim guerrear,
Delícia do ego e o prazer,

Serei de mim mesmo o mártir,
Simbolizando o perder do defeito,
Dentre tanto por isto terei que partir,
Do melhor o prontamente eleito,

Negarei minha mortal face,
Terei a postura de quem mereço,
Sendo de ser divino o disfarce,
Abnegar do livre-arbítrio o preço,

Tomando a plena ciência,
Daquilo que se tanto ocultou,
Preso no fundo da consciência,
Que atualmente se desformou,

Negarei o imenso calor,
Fogo sagrado a consumir,
De chamuscar o odor,
Se observar o "auto" destruir,

Por espada e varinha não partirei,
Passado mergulhado no futuro,
Por ti eternamente me erguerei,
Dia embriagado no noturno,

Mutilo o corpo do templo,
Sendo eu o tal ambiente,
Tornar-me o bendito exemplo,
Dissimular o senciente,

Amaldiçoado a Abençoado,
Elevado e Decaído,
Afeiçoado a Avoado,
Extraído a Abstraído,

Volto a Musa minha ação,
Sofrendo quando a desaponto,
Tendo a plena atração,
Mostrando sempre o contraponto. 

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Quem domina o coração?

É verdade que a paixão é a bela ilusão,
Entorpecendo a ciência do mal lá,
Aquele atraído possui no peito o carvão,
Resto de algo que virou dor cá,

Se sentir sozinho por tanto tempo,
Ocultando as feridas da alma em barulho,
Tornando a sua própria dor contratempo,
Carregando sobre o corpo este entulho,

Choro que vale por silêncio,
Que se repete o "auto" acusamento,
Sendo da consciência a anuncio,
E do tempo o iminente julgamento,

É difícil resistir tais faces,
Tantas delícias e gostos deles,
De lobos que tem tantos disfarces,
Que nos fascinam tanto neles,

Tentando negar a esses sabores,
Ardendo e escorrendo a solidão,
Sendo dos mais humanos horrores,
Que nos persegue noite a escuridão,

Soluçando no mais doído momento,
Nas luzes que se silenciam no sono,
Voltando a quem expulsamos o sentimento,
Da consciência o perfeito trono.

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

O Conversador.

Ouço por tantas vozes o néscio,
Que somente pranteiam solidão,
Da maldade e deturpação o oficio,
Sendo os próprios a si ocupação,

Destruindo a si próprios,
Envoltos em paixões,
Tão ligados aos impios,
Amarrados por conexões,

Fiéis aos monstros dos mesmos,
Mergulhados nos labores do desejo,
Falando por lábios muito enfermos,
Queimando a carvão por despejo,

Juram das maravilhas o céu,
Palavras doces como delicado beijo,
Mas fazendo a todos por réu,
Por algo verdadeiro sempre exijo,

Choroso é o seu labor,
De seu coração a consumação,
Tendo apenas o ardor,
Sendo plena corrupção.


sábado, 1 de setembro de 2018

Rei Arthur


Espelho-me a ser tão nobre como ti,
Homem Sagrado pela luz do espírito,
Que mundo maldito e profano fez partir,
Ergueria minha espada pelo teu rito,

Deixe-me tentar empunhar a Espada,
Que está presa na pedra do meu eu,
Excalibur no lago de alma tão culpada,
Envolvida em malícia que corrompeu,

Devoto-me a Guinevere proteger,
Sacrificar-me mais que Lancelot guerreiro,
Tentar da vida por Arthur melhor eleger,
Empunhar novamente arte do melhor ferreiro,

Ser Uther Pendragon novamente nascido,
Com Igraine o melhor destes extraído,
Do mais nobre o eternamente escolhido,
E quando preciso por Viviane ser atraído,

Por Merlin serei perfeitamente educado,
Para se sobressair minhas virtudes,
Vencer por muitos em apenas um pecado,
Que por medo de perder usa má atitude. 

Olhar.

Tão magoadas são tuas alegrias, minha senhorita.
Tão tristes são tuas risadas, minha querida.
Vazios são teus olhos como os sentimentos de meu coração.
Cheios de desejo e remorso.
Embriagados de inocência e malícia.
Triste que quem ama não a deseje e quem não lhe importa te ama tanto.
Teus olhos cheios de tantas lágrimas e vazios de algo que procura.
Vejo a viver no mundo tão iludida, procurando algo que esteja em algo ou alguém, mas sempre esteve em ti.
Só sei que a percebo a viver assim.

Pelo que erguerei minha espada?

Pelo que irei me candidatar?,
Ergo por esta mão que perfura,
Por homem que é fácil tramar?,
Ou por esta simplória criatura?,

Malditos são os tão insanos,
Que por ídolo ridículo destroem,
Não sendo além de profanos,
Do ser mais humano eles corroem,

Engana-se o que pensa deste tempo,
Pois substancialmente nada mudou,
Falando do que este século enfrento,
Escolhem o tolo que do pranto ecoou,

Figura a moldura de tanta belezura,
Já se foram os dias tão inocentes,
Mas que não tem verdade coisa alguma,
Não sendo nós os mais coerentes,

Cansado deste escudo pesado,
Deste elmo tão espatifado,
Do meu corpo a correr tão molhado,
No olhar o ser tão atribulado,

Esta armadura tão perfurada,
Do vigor se exceder quando preciso,
De escorrer o sangue pele cortada,
Mas continuarei a viver tão indeciso?,

Novamente perguntarei,
Quem me responderá?,
Me sacrificar por ti irei?,
Ou por aquele que odiará?,

Quero me sacrificar pelo ser humano,
É a única coisa que me candidato,
Me entregar no altar por mais brando,
Tornar-me símbolo por este forte ato.

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

O Secreto Discurso.

Ouça o falar do mestre,
Que fala com sabedoria,
Que ergue a sacra haste,
Tendo a plena maestria,

Língua secreta celestial,
Que esconde de muitos,
Com o modo cerimonial,
Ocultado por antigos ritos,

Sob a sombra das árvores,
Do som dos sábios ouvidos,
Conhecimento nos bastidores,
Ignorância em lábios adormecidos,

Canções na língua dos deuses,
Por muitos sábios mortais,
Que recitam a custo as frases,
Estes que são juízes vitais,

Em segredo ensinam o profundo,
Das tramas dos deuses e inimigos,
Tendo em detalhe a história do mundo,
Deixando os normais como leigos,

Só os preparados podiam saber,
De tanta dor é o conhecimento,
Não pode qualquer deste beber,
O compromisso é sofrimento,

Tinham que ensinar esta prática,
Que tantos homens e mulheres morreram,
A ação de sacrifício deve ser enfática,
Com o tempo tantas coisas transcorreram,

Que muitos povos do passado anularam,
De tanto perderam de suas almas tristes,
Tormentos e sofrimentos que oscilaram,
Dos nomes a seres dos tais astros celestes.

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

Primeiro Desenho Digital.

Meu primeiro desenho feito digitalmente, logo mais eu conseguirei fazer tirinhas, espero que se divirtam. 

sábado, 25 de agosto de 2018

A Dor do Coração.

Aquele momento que só é a gente,
Quem consegue entender o sofrer?,
Não havendo na palavra o que se sente,
Tentando fazer alguém me entender,

Espanca o coração e viola alma,
Chora por dentro e por fora,
Sofrendo tanto quanto trauma,
Que dá vontade gritar agora,

Urro por amor e por raiva,
Que é difícil se conter,
Consumindo chama viva,
Que poderia morrer,

Despedaçado coração a ferver,
Voz rouca de tanta paixão,
Queimando deste vil sofrer,
Terminando como carvão. 

Apreciadora de Flores.


Vejo a sábia donzela,
Que se delicia a pétala,
Pela flor pura ela zela,
Do espiritual se instala,

Cultivada pelo silêncio,
Ouvindo neutro falador,
Do sagrado o anúncio,
O sem voz sacro orador,

Nutrido pelo coração,
Terra cheia de fezes, 
Que não dão elevação,
Por emoções ferozes,

Florescem pelo canto,
Da musa que é oculta,
Somente teu encanto,
De ti que alma exulta,

Me assusta o manto sujar, 
Tu que visita minha alma,
Visite-me após meu limpar,
De teu olhar que é fleuma.

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

O Pulsar do Coração Divino.

Pulsa-se o Universo neste órgão,
Fluindo e ressurgindo neste ser,
Se refazendo eterno no coração,
Surgindo infinitamente no éter,

Se percebe a Divina imaginação,
Movendo no gerar toda criatura,
Embora de Deus apenas ficção,
Do peso simbólico toda figura,

Do sangue Divino que coagula,
Dando-a toda a coisa sua forma,
Sendo o mundo físico a fabula,
Por sístoles e diástoles reforma. 

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Se Tornar Um Cavalheiro.

Quero sofrer o treinamento,
Erguer o escudo e a espada,
Beber no lábio o tormento,
Vazar o sangue por adaga,

Negar deste teu puro amor,
Donzela do pleno silêncio,
Que me incinera de ardor,
Segurar o choro por oficio,

Me queixa na alma tanto,
Da paixão a solidão nega,
Tu que me deixa encanto,
Provar do corpo a abnega,

Suspiro-me incognoscível,
Desejo de te chamar agora,
De amores que é imiscível,
Entregar-me a ti por hora,

Falharia o compromisso,
De perpetuar  útil eterno,
Ao nobre ser o submisso,
Ter do coração o inverno,

Choro-me por te buscar,
Dentro da minha essência,
No mundo é o teu morar,
No corpo a prepotência,

Desejo ser o entendido,
Sentindo o teu corpo,
Ter o coração escondido,
Bebendo algum torpor.


terça-feira, 21 de agosto de 2018

Delírio.


Ouço o som de um sentimento,
Fluindo de pulmão a coração,
Entristecido por um momento,
Perdido de um a grande nação,

Conceitos por constructos,
Suspensos pela pálida lua,
Evidenciados por pactos,
Desejando a alma nua,

Me vestir do pleno escuro,
Transformado nesta armadura,
Quem eu ocultei por muro,
Atado por vida nesta ligadura,

Por isto farei um intenso mergulho,
Serei a fera tanto atribulada,
Talvez não consiga sair do orgulho,
Tendo a bela dissimulada,

Chorarei sob a luz do sol,
Entoando a um riso fingido,
Retorcendo-me como o girassol,
Mas de palavras de tom distorcido,

Serei o bendito oprimido,
Novamente por fluído,
Tendo o coração reprimido,
Sendo o tal do involuído,

Amarei a criatura triste,
Ela que não se conhece,
Coisa que nela se existe,
Oculto que se floresce,

Oh prazer! tanto te busco,
Procuro o caminho do juízo,
Embora eu seja tão brusco,
Mas somente terei o prejuízo. 

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Bendito Combate.

Queria eu poder lhe cravar a espada,
Destruir o inimigo de olhar tão belo,
O ser de minha alma tão deturpada,
O derramar o sangue de quem velo,

Criatura de sedução ao erro,
Envolta sob minha pele,
Adormecida por enterro,
Do sabor me compele,

Mas a nego pela Musa de meu coração,
Ser nobre que do tentar eu descubro,
Tentando me encontrar a revelação,
Buscando o perfeito elemento rubro,

Forjando assim esta espada perfeita,
Tentar buscar da alma o sonho,
Clamando a Ela a mulher eleita,
Que do puro amar eu envergonho,

Queimando em chama brusca,
Do mar que se ergue onda mortal,
Mas meu sentimento a ofusca,
Bebendo o significado do vital,

Queria eu ser assim treinado,
Erguer minha espada a esta causa,
Serei eu sempre destinado,
Guerrear contra inimigo que ousa,

Erguerei o cadáver de meu defeito,
Celebrando o meu refinamento,
Valerá minha vida por este feito,
De meu espírito o ornamento,

Reclamarei o abandonamento,
Caminho do enterro o alinhar,
Do templo o conhecimento,
Que por hino há embainhar.

domingo, 19 de agosto de 2018

A Minha Sede.

Oh Amor! me consuma como o fogo,
Destruindo em mim o iludido tolo,
Toca com paixão a minha alma logo,
Tirando de mim o homem frívolo,

Embriague-me de plena nobreza,
Pois quero amar a humanidade,
Somente assim teria a proeza,
De ter dos irmãos cumplicidade,

Busco a ti Deus por onde?,
Da solidão a silêncio,
Nestes beber da fonte,
Lhes mostrar o inicio,

Te busquei no alto monte,
Espelhos Dele em inúmeros olhos.
No fundo do olhar por horizonte,
Ocultado por humanos ferrolhos,

Mesmo que por línguas diferentes,
Eram apenas muito domesticados,
Tinham o mesmo ego por muitas vertentes,
Não lhes eram do humano evocados,

Que a palavra se embebeça do sangue de meu coração,
Tomando assim vida a fluir por outra figura,
Que Deus ouça em verdade a minha simples oração,
Assim possa ajudar o ser dentro da humana armadura,

Choro junto a eles por não entender,
Julgue no meu intimo o desejo de ser entendido,
Aquilo que neste mundo vim aprender,
Pois por Tua ação estarei sempre comprometido,

Grito a eles sobre Teu amor,
Berro do silêncio o gemido,
Embora do meu espírito é o clamor,
De estar com o coração remido,

Perdoem meus inimigos o medo,
De me chegar a tuas almas doloridas,
Por isto os novamente concedo,
Do plantar as coisas mais floridas.

sábado, 18 de agosto de 2018

Busca de Inspiração.

Te busco minha musa por tantas coisas,
Faces, rostos, risos a amores por ai,
Tentando tatear teu corpo por artes virtuosas,
Capturar teu encanto como o que atrai,

Clamo teu beijo a minha mente,
Tocando tuas mãos divinas a fronte,
Usaria por eixo o encanto do ente,
Me elevar de mim mesmo ao monte,

Oh Musas! Oh Cantoras! Amadas de minha alma!
Oh Mestras! Atraentes donzelas! Belas anciãs!
Peço que abençoem as minhas rimas!

Se lhes conto de meu desejo dramático,
Banharia-me num licor tão disforme,
Devo lhes render o dote holístico,
Encantado no simbolo de quem dorme,

Prender-me por terrena ligadura,
Sombra revolta de torpor,
Do peso simbólico a figura,
Sentindo na pele o horror,

Doar ao desconhecido fruto do coração,
Chama rebuscada de alma perene,
Cultivado da alma com ardor doida emoção,
De olhos tão famintos é o acene,

Tentando olhar das frestas do véu,
Sofrimento do oculta a prova,
Minha amada alma que veio do céu,
Do infâmio celeste se chova.

sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Encontro com a Völva.


Tenha cuidado em se encontra com a sábia,
Esta que porta a sabedoria e a varinha,
Que encanta com a prudente profecia,
Cuidado pois os deuses a esquadrinha,

Não se aproxime de seu êxtase,
Pois se perdera do caminho,
Seu saber destruirá a sua base,
Que aprendeste por hino,

De sua palavra que destino sublime resulta,
Se preocupe apenas com a intenção de teu olhar,
Pois Odin dela com preocupação se consulta,
Ela saberá nitidamente a malícia de vosso entreolhar,

Seja sábio e não traga a sábia por algo banal,
Somente lhe será melhor no que aprimorar,
Esta pergunta nunca lhe rendera algo mal,
Por isto valerá a perguntar a pena pagar,

Não conte a seus conhecidos o tal dito,
Acolha com sabedoria a palavra desta,
Por tentar viver a se adequar ao rito,
Se silenciar apenas lhe resta.

O que lhe importa é entender do olhar a intenção,
Pois tu vivera com o brilho dos olhos dela na mente,
Tentando decifrar o pensamento por tua intuição,
Brilharam estes olhos no fundo da alma eternamente.

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Primeira Fala.

Oculto é minha alma, por vulto a tornar-se amalgama, no turno de ser uno,
Palavra por tribuno, seriam o escrever de pluma a ser do sábio o uso,
Frigida figura a se retorcer por calor incognoscível a fala,
Sabedoria encantada que se mantém do pouco a audição,
Nutrida por mestres antigos que mantinham a ocultação,
Mas agora nos é chegada deles a parcial revelação. 

Caminho do Templo.

Caminharei pelos templos ocultos,
Envolto nestas mortais vestes,
Olhando com cuidado os cultos,
Os aprendizes sofrendo em testes.

Darei meu voto ao coração divino,
Silêncio que me aguarda no escuro,
Sabedoria elementar que é trino,
Sobre altar reluz o místico ouro.

Nome Divino que é segredo,
Oratória do sábio sacerdote,
Revivendo o sacro enredo,
O purificar da alma o dote.

Responsabilidade de alma,
Travando guerra contra engano,
Apagando da alma o devido trauma,
Por encontra o divino ser insano.

Deus que tem o nome gravado na altura,
Por letra a simbolo na parede,
Adorado por sinais da moldura,
Que do se enobrecer se concede.

O fogo que se mantém no altar,
Consumindo o puro sacrifício,
Que da virtude se há o exaltar,
Se destrói o ego como oficio.

Sabedoria cultivado por ministros,
Ensinam por espada e varinha,
Que se guiam do brilhar de astros,
Por caminho oculto que se esquadrinha. 

terça-feira, 14 de agosto de 2018

Amada.

Amor é o desejo que me dói tanto o peito,
Incomensurável e incognoscível a outro coração,
Embora o ser que cause isto não reconhece o feito,
Guardado no silêncio de uma simples ação,

Donzela a Anciã que me arde a alma,
Envolvida em um encanto que me desnorteia,
Como dos trovões as profundezas do mar é a calma,
Mas olhar o fundo de teus olhos me lisonjeia,

Te buscarei em meus sonhos minha querida,
Datado são meus versos como o meu sentimento,
Perdido no tempo como o saber da vida,
Redescobrindo da minha alma o encobrimento,

Só a violência e a malícia dos deuses me faz te esquecer,
Tu que és a rosa divina dos campos celestes,
Por átrio a axioma me sou te guardião até florescer,
Cuidarei de tuas pétalas com cuidado de sábios campestres.

Andarilho.

Por celeste me é a altura, mesmo que o deus invisível me fizeste o corpo por armadura, tendo em ligadura a alma nesta figura,
Cavaleiro que por louro e por mouro me morre o finito cordeiro, lançado sobre o altar do santo sepulcro o purificar do marginal olheiro,
Mesmo que por este sagrado vaso e por esta espada sacra me seja o apontar do caso, guardião ungido nesta safra,
Reviro no mistério de Delfos o paladar desta sacra palavra, envolvendo-me como o rei que dos deuses pergunta a arca alma,
Nem magista ou alquimista, seja este o magus a arcanus da fraude a falar do imenso deleite da graúna que nos saúda.

Orfismo.


Oh Orfeu! Busque a Eurídice nas trevas de Hades!
Tanto do sangue ao osso dos titãs me movem, mas é o pulsar do coração de Dionísio que desejo,
Direi nos hinos de Eumênides que sou iniciado na celebração de teu entusiasmo,
Mas como um mago que derrama por teu altar o leite e água me é nascido o ser de Zeus,
Embora aqueles que te veem hoje Dionísio vejam o entusiasmo como algo profano,
Somente os direi que sou buscador de teus altares e de seus gritos na flora a fauna,
Por Caronte caminharei até o trono do invisível com imenso do mundo despejo,
Faça emplasmo no coração de minha alma a se tornar como a um deus,
Me deixe ver esta lacuna a encontrar o tal engano.
Oh Orfeu! Busque a Eurídice nas trevas de Hades!

sábado, 11 de agosto de 2018

Atum.


Amado seja ti que és o Ser-Sem-Forma,
Gerador dos Universos,
Tu que és parte do Além-Deus, 
Todo e Tudo num ser único,
Infinito e Finito por ser partícula, 
Loucura e Sabedoria por transtorno, 
Por Bhagavan a Adão Kadmon te transforma, 
De Pangu a Ymir se é nos internos,
Criatura Infinita que permeia o tal finito mundo onírico,
Tua lei Perfeita que nos torna dispersos,
E como por mim e por tudo se deparo nos caminhos meus,
Tuas leis impostas na formula a teoria que do tentar de alguns articula,
Mas somente se chegam ao máximo de seu plano o contorno.

Rascunhos 1#



 Se caso não ficou claro no desenho acima são o Steven, Garnet, Pearl e Ametista.


quarta-feira, 8 de agosto de 2018

A Vontade.

Me é vontade, aquilo que possuo por verdade, embebecido de face,
Desejo enlouquecido de te descobrir a cada rua a esquina,
Novamente, novamente e realmente aconteceria,
Me envergonho de teu sorriso tão radiante,
Não desejo agora rimar coisa alguma,
Somente lhe falar o que possuo o meu desejo,
Teu olhar é obra prima e me causa histeria, 
Por almejo de rotina a matina por uma. 

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

A Musa.

Minha Amada! Tão doce são teus lábios! Te guardo como a alma de meu corpo!
Tu que és guardada por Bastet em templos secretos,
Nem ditado por Aiwass poderia descrever a tua beleza,
Oh! Filha de Nuit que de teu corpo se mostram as belas estrelas,
Malditos sejam os que de ti guardam em seus corações tais desafetos,
Tu que é a mulher imaculada de minha alma,
Põe na minha mão sabedoria das palavras que de ti escrevo com destreza,
Minha Amada! Tão doce são teus lábios! Te guardo como a alma de meu corpo!
De tua vulva que saem os mortais e os deuses! Amada dos Aeons!
Por decretos te busco como a luz de minha proeza até perder as estribeiras,
Tu que protege as donzelas e por elas velas nas altas esferas,
Me seduz dos infernos aos paraísos do Egito a China,
Teu ser que possui aura tão fina e me é esperada aparecer nesta era.
Minha Amada! Tão doce são teus lábios! Te guardo como a alma de meu corpo!

Divino (Moralidade).

Me sinto como Jonas confuso,
E do rei de Nínive descubro o nome,
Pois embora A Palavra me seja renome,
Tento falar tão convincentemente como Samael,
Embora minhas palavras do sagrado seja a eles vazias como Belial,
Procuro lhes ensinar de modo tão sábio como Raziel,
E eles não entendem como ao homem vermelho que veio do Adamah,
Me preocupo de minha Nefesh entrar em desuso,
Por nove vezes oito clamarei a Deus no Kairos,
E assim manterei meu vôo para não cair das alturas como Ícaro,
Pois confesso que como é difícil a meus inimigos amar,
Me sinto as vezes a falar complexo como Nassim Haramein,
Embora meus inimigos eu crie como o Iron Man,
E me é difícil sair desta circundante bolha social,
Pois como Poseidon que por sua vontade bestial cria a Medusa,
Me vem Zeus e de Teseu que das maldades do Netuno que se reusa,
Sou complicado como o jovem Crowley,
Na extravagância como Valey.