domingo, 19 de agosto de 2018

A Minha Sede.

Oh Amor! me consuma como o fogo,
Destruindo em mim o iludido tolo,
Toca com paixão a minha alma logo,
Tirando de mim o homem frívolo,

Embriague-me de plena nobreza,
Pois quero amar a humanidade,
Somente assim teria a proeza,
De ter dos irmãos cumplicidade,

Busco a ti Deus por onde?,
Da solidão a silêncio,
Nestes beber da fonte,
Lhes mostrar o inicio,

Te busquei no alto monte,
Espelhos Dele em inúmeros olhos.
No fundo do olhar por horizonte,
Ocultado por humanos ferrolhos,

Mesmo que por línguas diferentes,
Eram apenas muito domesticados,
Tinham o mesmo ego por muitas vertentes,
Não lhes eram do humano evocados,

Que a palavra se embebeça do sangue de meu coração,
Tomando assim vida a fluir por outra figura,
Que Deus ouça em verdade a minha simples oração,
Assim possa ajudar o ser dentro da humana armadura,

Choro junto a eles por não entender,
Julgue no meu intimo o desejo de ser entendido,
Aquilo que neste mundo vim aprender,
Pois por Tua ação estarei sempre comprometido,

Grito a eles sobre Teu amor,
Berro do silêncio o gemido,
Embora do meu espírito é o clamor,
De estar com o coração remido,

Perdoem meus inimigos o medo,
De me chegar a tuas almas doloridas,
Por isto os novamente concedo,
Do plantar as coisas mais floridas.

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