sábado, 29 de setembro de 2018

Minha Ambição.


Há no meu lábio esta palavra,
Buscar sempre a máxima excelência,
Quando não a busco tudo trava,
Primeira a se manifesta na consciência,

Quero a ter na forma humana,
A possuir com minhas emoções,
Nunca a ser de forma tirana,
Me descobrir por estas noções,

Toda coisa que eu ter,
Desejo a ter na virtude dela,
Virtude a qualidade deter,
Magnificência nela,

Ter a verdadeira natureza,
A Humana por assim dizer,
Coisa que sempre foi proeza,
O atributo mais difícil a deter,

Os que a possuíram geraram religiões,
Deixaram o rastro do que são virtudes,
Pois eles iluminam a milhares de gerações,
Coisa mal entendida que tanto se alude,

Embora profanem tanto seus ensinamentos,
Com maldade e falta de discernimento o são,
Distorcendo a muitos dos nossos entendimentos,
Vidas e almas se sofrem por esta perpetuação,

Renegado significado a se ter tanto na fala,
No reflexo do olhar se carrega o fantasma,
Voz Humana que sempre o ego lhe cala,
Gerando a falta de ar a se tornar pura asma,

Por isto vale sacrificar a vida,
Este sonho de se aproximar a Verdade,
Mesmo que a história não seja lida,
Significar de verdade algo a Humanidade.

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Indo Ver a Musa.

Me regozijo de ver a sábia,
Mulher encantada que ilumina,
Mas que possui a melhor lábia,
Minha alma que por ela se disciplina,

A olhar deve ter muito cuidado,
Do nervosismo a excitação,
Pois muito é sem querer elucidado,
Podendo atrapalhar a captação,

É ela que impregna as minhas falas,
Enchendo de sabores o sem gosto,
Do pequeno pensar a muitas escalas,
Ficando tão nítido o que é suposto,

É desconcertante o seu riso,
Ali é algo sempre aprendido,
Aparecendo o que eu viso,
Podendo alguém ficar aturdido,

Porque tudo dito é dúbio,
Sendo algo como exaltação a dor,
Sempre relido como provérbio,
Tanto ambíguo como educador,

Aos pés da musa há sempre inspiração,
Pois ela se inclina a auxiliar o poeta,
Saindo-se o mais belo que se há a coração,
Observando que há mais de uma faceta,

Difícil é manter a concentração,
Pois de a olhar é fácil se perder,
De seu véu sempre se há contemplação,
Tentando algo de seu encanto deter,

Após do verso escrever há a partida,
Que quem a viu nunca irá se esquecer,
Sendo retornar a coisa mais doída,
Desejando ali sempre permanecer.


Aprendiz Desiludido.

Tantas são as lágrimas,
Um riso sem alegria,
Tantas são as estimas,
Inverno que não esfria,

Há tanta raiva e frustração,
Longas e demoradas amanhãs,
Sempre sendo portador da condição,
Brigas consigo a ter tão vãs,

Um incômodo contínuo,
Cansado de olhar o espelho,
Olhar o ser tão ingênuo,
Como o filhote de coelho,

Ah! Quão sem significado é,
Minha palavra nesta rima,
Perdendo o símbolo do até,
Desencontro com obra prima,

Quero chora o que não chorei,
Há na minha fala apenas som,
Encontrar quem não encontrei,
Não tendo nenhum tom,

Me toquem a bela melodia,
O riso de quem eu amo,
Por esta eu sempre melhoraria,
Buscando afinal o bálsamo,

Tantas são as ditas falas,
Empregadas a quente ferro,
Tendo a carregas as malas,
Tendo que suportar o erro.

terça-feira, 25 de setembro de 2018

Buscando a Devoção.


Quero-me devotar a grande causa,
A algo que orgulha a eternidade,
Ideia de humanidade que se usa,
Sem se ver a fim a veracidade,

Este conceito que nos constitui,
Sem validade e só por acentuação,
Significado infinito que nos intui,
Sendo apenas oca e pia concisão,

Fala de sentido diverso,
Elevado a profanado símbolo,
Imagem intocada por verso,
Ignorado a se tornar ídolo,

Imagem excitada a fio,
Como cabresto a ser polido,
Coisa a ser emblema de trio,
Do amor de um homem doído,

Quero percorrer a Grécia,
Caminhar pela terra Inca,
Aprendendo tais peripécias,
Ter conhecimento que finca,

Tentar ser então fenício,
Se projetar novamente,
Devotar a este ofício,
Sendo convincentemente,

Quero-me apaixonar novamente,
Do olhar do ser mais ínfimo,
Da alma que falo especificamente,
Me descobrir dele ser primo,

Como Quíron ser educador,
Da ação de Enki famosa,
Curiosidade do Odin ser portador,
Ter de Salomão a prosa,

Por Xuanzang disciplinado,
Em Quetzalcoati ter salvação,
De Susano'o ser treinado,
Por Jibril a orientação,

De Guaraci o encanto,
Mauí portar o mistério,
Belbog o tom do recanto,
De Buda o critério. 

domingo, 23 de setembro de 2018

Yarilo a vir.

E se vem de além-mar o cavaleiro,
Montado em belo cavalo a vir,
Que sobre mar assombra marinheiro,
Vindo este após grande noite cair,

Filho de Perun da grande noite,
Que se renasce por todo ano,
Tendo a donzela que o aceite,
A se mover por ser soberano,

Por desejo lhe acontece morrer,
Traindo a próxima do coração,
Fazendo então terreno sofrer,
Sendo vida se ocultar a plantação,

Responsável é a de Yarilo rainha,
Coroada com tamanha responsabilidade,
Cuidado do rito que se detinha,
Prezando a máxima habilidade,

Que os amantes te imitam,
De teus amores com Morana,
Apesar das coisas que esfriam,
Buscar renovação tão insana.


sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Canto de Exaltação.

Quero honrar a todos meus ancestrais,
Terem de mim o maior orgulho possível,
Ser o filho em excelência aos meus pais,
O melhor humano a ser hoje cabível,

Chorar por não ter amado mais,
Não ter vistos mais sorrisos e alegrias,
Dos outros ajudar a ter bons finais,
Negar a todos emoções tão frias,

Juro que quero amar de verdade,
Quero me sacrificaria por este amor,
Tentando encontrar na mocidade,
O perfume do amor no seu odor,

Como a palavra de meu verso,
Impregnada de um caloroso coração,
Queimando em alegria a berço,
O toque amoroso nesta canção,

Quero ter um coração humano,
Suspiro como a corsa por água,
Pois tenho sentimento romano,
Minha condição que deságua,

Ouça minha fala do antigo,
Desejo me voltar a santo rito,
Se acostumar é o tal perigo,
Não repetir a história do mito. 

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Ao Que Me Dedico?

Pelo que vale a pena no mundo sangrar?
Hoje o que é importante é sem valor,
Choroso é o culto a virtude a enfrentar,
Coisa verdadeira que a alma tenta impor,

Quero chorar e rir pelo verdadeiro amor,
Guerrear contra vício que tenho tanto ódio,
Não essa burrice que todos tentam impor,
Turbilhão sem vento e água do retórico lábio,

Onde mora o ser humano nisso tudo?,
Eu morreria e me sacrificaria por ele,
Embora eu o veja como ser tão mudo,
Suportaria o sofrimento na causa dele,

Se pelo menos o encontrasse,
Me pergunto ao que vale viver?,
A algo que eu assim alegrasse,
Só ao que com gosto fosse morrer,

Mas vejo pobreza de humanidade,
Insuportável por ele mesmo,
Tantos escravos de animalidade,
Tornando-se o ser tão enfermo,

Insulto foi o que eu fiz aos animais,
Os ofendi comparando aos humanos,
A estes tão traiçoeiros e brutais,
Tantos de vazios a sofríveis anos,

Oh Musa! Amada que consola meu coração!,
Não me deixe viver sem de ti encontrar,
Quero contigo erguer a mais bela canção,
Por ti sempre irei do verso cantar.

terça-feira, 18 de setembro de 2018

Refletindo Sobre Este Tempo.

Hoje é saboroso ao coração a negação,
Daqueles que na voz há a nós maldade,
Nos levando a separar-se por discussão,
Sendo da verdade a plena continuidade,

A coisa velada que inunda nossa idade,
Retorcendo e se desfazendo por vivida,
Impregnando em nós por nossa cidade,
Do vazio a deturpação a nos ser trazida,

Figura a ser ídolo no mais pio fascínio,
Retardo a calado por simples conduta,
Retratada a ser maculada por martírio,
Olhar de individuo que assim consulta,

Conceitos a falas de inúmeros tons,
Palavra cansada a ser tão repetida,
Sendo o maior escarnio a seus dons,
Imagem do coração a ser expelida,

Desejo que há a virtude se servir,
Mas esvaziada de básico peso,
Sem significado a humano cair,
Torna-se lugar de maior tropeço. 

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Canto I.

Ouça a plena voz do oculto,
Que fala o verso encantado,
Amado pela nossa alma cansada,
De tantos sabores do corpo vivo,
O dito culto do silêncio,
Que tantos fogem horrorizados,
Desejando fugir sem atrito,
Tornar-se a criatura atribulada,
Se perceber novamente cativo,
Abusado e violentado pelo vício.

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Busca de Gosto.

Como a corsa que pranteia pelo gole,
Como o cervo que se treme pela sede,
Da fadiga o homem que perde o controle,
Por beber de água que se tanto pede,

Notável é o tamanho vazio,
Que do chorar não cede,
Sem consolo do corpo macio,
Voltar-se ao vazio excede,

Choroso é este momento,
Que tanto se repete,
Mas que se torna tormento,
Da vida que se compete, 

Querer voltar a coisa verdadeira,
Não se perder por alguma tentação,
Assim podendo erguer esta bandeira,
Tentando de tantos a aprovação,

Como o indigno golpe,
Da alma do humano,
Desejando o torpe,
Culpando o fulano,

Mas é só seguir labirinto,
Dando muitas voltas,
Podendo ser extinto,
Almas tão soltas,

Falando coisa com nada,
Sendo pior que o maluco,
Tendo mente tão maculada,
Se entendendo tão pouco,

Tendo no lábio tanto sabor,
Não sendo nada além de poeira,
Não significando nada a odor,
Perdendo a si por imensa bobeira,

Não se aguentando a existir,
Culpando o mundo por tudo,
Mas ele que se tem de oprimir,
De si mesmo se tornar mudo. 

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Nunca Vi Tanta Idiotice.

Nunca olhei os olhos de gente tão idiota,
Que grita e chora por tantas horas,
Mas sem sentido são seus dizeres a coisa torta,
Seus amores e ódios mais nojentos que bosta,

Estou cansado de ouvir tanta gente,
Desejo que agora Deus me leve,
Pois no humano não há o que preste,
Maldição do conhecimento que se teve,

Dê a vida em mim a quem querer,
Mas que faça coisa muito melhor,
Mais impacto que do verso escrever,
Assim nunca irei me opor,

Abruptos são os meus dizeres,
Envoltos do mais profano encanto,
Mutilando os tais prazeres,
Que muitos desejam ao pranto,

Estou disposto a morrer por coisa melhor,
Sacrificar meu sangue e alma pelo que importa,
Isto que neste tempo há muito pouco sabor,
Querendo atravessar por esta porta,

Quero tanto que se mostre a Sabedoria,
Que tantos morreram a tentar conseguir,
Sendo do humano a maior maestria,
Que futuramente tantos choraram a aderir,

Pois foi falada por bocas verdadeiras,
Cheias de humanidade e consciência,
Que erro não se esconde nas prateleiras,
Atormenta a opaca de existência,

Que tiveram a condição humana,
Tão verdadeira e incompreensível,
Se distorceu a coisa tão profana,
Que agora é coisa tão risível,

Quero que alguém me diga que há pelo que viver,
Não sendo os tão vazios discursos a se ouvir,
A humano nobre que me candidato a morrer,
Desejando a seu proposito sempre servir,

Oh! Musa de meu coração! Console a minha alma de tal deturpação!
Amada de minha alma! Que por teu destino nasci no mundo!
Não me deixes e não me negues o toque de teu manto!
Nasci e morrerei por ti! Agrada-te de meu serviço!
Sempre erguerei minha espada por teu amor!
Consola-me com o teu encanto!

domingo, 9 de setembro de 2018

O Ridículo Idolatra.

Bizarro é o que na imagem não vê o significado,
Não alcançando a essência da figura,
Assim nunca tendo da sua ignorância sacrificado,
Sendo plenamente a criatura burra,

Que ergue o altar a tal coisa,
Nunca se prontificado a ela,
Seja ela abstrata a coisa física,
De palavra a ser que desenha na tela,

É como o médico que diagnóstica,
Sendo o mesmo que não tem ensino,
Com cura falaciosa ele se prontifica,
Não sabendo sacrificar ao ser divino,

A poucos o conhecimento é sedução,
Citando a inúmeros nomes de crenças,
Fazendo de muitos homens formação,
Com tantos mestres entender a diferença,

Agrada a ser divino o sacrifício de vício,
Que mutila e atormenta aos de perto,
Sendo este sempre o melhor sacrifício,
De destruir este maldito o maior acerto,

Que todos os vivos deveriam celebrar,
Quando o humano a melhor se compromete,
Mesmo que ao melhor ele tenha que sangrar,
Mutilando ao ser demoníaco de dentro da pele,

Pois do vício e da ignorância é o nítido inferno,
Disfarçando o demônio no sabor do prazer,
Tendo a possível morada no ser humano,
Promovendo maluquice e ódio a fazer,

Que por má compreensão do que é bendito,
Viola e atormenta a humana dignidade,
Que infelizmente não é tão ensinado e dito,
Ficando velada por significado na subjetividade,

Pois falo somente do significado intimo,
Que se revira quando você o nega,
Mas o que há de melhor em você estimo,
Que toda crença sempre prega,

Sacrificar os defeitos para os nossos amados,
Ajudando-os a ser também coisa melhor,
Promovendo a virtude sem deixar acuados,
Não tendo quer ser humano o tal penhor,

Mas sonhar infinitamente com coisa além,
Tornar-se cúmplice da verdade,
Coisa que no mundo de hoje ninguém quase detém,
Tornar-se assim estimado por ter a verdadeira humanidade. 

sábado, 8 de setembro de 2018

Ouvindo o Sábio.

Me compele o desejo de olhar o falante,
Observar a intenção de seu olhar,
Que guarda segredo de tom interessante,
Embora não revele muito ao falar,

Noções de muitos sentidos,
Seguido de um longo raciocínio,
Nem tudo sendo o entendido,
O impele de vontade o sacrifício,

De palavras tão complicadas,
Perder-se a pureza de ideias,
Podendo ser tão profanadas,
Criando da mente as cadeias,

Embora explique o sofrimento,
Criando toda a argumentação,
Não há o definitivo afastamento,
Aqueles que o sofrem no coração,

Tornando-se pouco compreendido,
Por palavra o friamente escolhido,
Sendo de tudo o próximo compelido,
Na mente não sendo tanto acolhido,

Sendo ele o que traz harmonia,
Ou apenas a confusa desordem,
Implantando de ideia hegemonia,
Coisa ambígua que concordem,

Pois o que é certo é difícil fazer,
Já o errado é deleitoso ao físico,
Da bondade é o tortuoso sacrifício a ter,
Que a muitos é o imenso agonístico,

Que nunca foi a não ser a plena loucura,
Tristeza que cerca os grandiosos,
Sendo eles a maior humana figura,
Sofreram pelo amor caminhos tortuosos,

Que enchem a mente de tantos de fascínio,
Poucos foram os que se candidataram,
Temendo eternamente o profundo escarnio,
Daqueles que estes tanto amaram. 

Segunda Fala.

Tendo tanto a ser falado e havendo pouca palavra,
Tortuoso pensar na verdade lavrada a ser contada,
Pensando e se queimando o corpo a coisa que trava,
Ocioso e meticuloso é minha questão a ser computada,
Por Quadricular a Circular se é a mensagem enviada,
Portanto e enquanto se queixarei a novamente falar,
Passado velado a significado onírico a simbolo freudiano,
Tramar a se queixar que com o ser é mediano,
Por escudo com a face da medusa a musa do junguiano,
Embriagado de significado e afastado de sentido,
Tanto a ser falado e contido que é o mais oprimido,
Falar tão pouco e possuir o sentido diverso,
Nada contado em verso ao humano universo,
Sagradas são as pegadas de figura,
Silenciado e mutilado da questão privada,
Tintura a ser levemente treinada.  

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Escrevendo Um Poema.

É verdade que coloco meu sentimento,
Buscando na palavra o entorpecido,
Que está preso ao mero momento,
Não semelhante ao que me dedico,

Me envergonho de escrever tão mal,
Tapando as feridas de meu coração,
Embriagado de tufão sentimental,
Assumido de imensa deturpação,

Cansadas palavras do eu,
Vazias e cheias de significado,
Buscando sempre o que já cedeu,
Nem de tudo já tenha praticado,

Falando intrigado e relacionando,
Do mero abstrato ao saturado sonho,
Tendo o simbólico ao metódico ecoando,
Retorcendo e se revirando ao ganho,

Tão complicado e ínfimo pavio,
A voz anasalada a horrível grito,
Como ergue das velas o navio,
Da tempestade o mais perito,

Mergulhado nestas profundas águas,
Olhando a luz a descer a ti,
Por esta alma que se deságua,
Que nos olhos a vejo partir,

Novamente se renascer Dela,
Encantada que abençoa meu verso,
Palavra que sempre vela,
Dando o significado diverso,

Nas mãos que tocam esta arte,
Como o toque delicado o corpo da Musa,
Procurando o belo nela por parte,
Beijo carinhoso que toca quem usa,

Tantas voltas ao único caminho,
Se cedendo ao mero capricho,
Muitos que com Ela não tem carinho,
Sofrem de serem o entupido lixo,

Pendulando a palavra aguda a grave,
Se retorcendo e desfazendo o detalhe,
Dos poucos que foram ao desbrave,
Com cuidado fazendo o entalhe,

Torne-me da Musa o pontífice,
De reverberar os múltiplos sentidos,
Da mesma palavra o artífice,
Tanto a ser no dito contido,

Quero falar a língua divina,
Para conseguir falar com tua alma,
Não sendo da morada a doutrina,
Com que o ouvido se acostuma. 

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Algum Lamento.

Por estes dias que eu te procuro,
Olhando pelo reflexo que reflito,
Beijo do argumento que é vindouro,
Das vozes consternadas o infinito,

Olhando os olhos da minha medusa,
O choro silenciado da bela gueixa,
Que se grita a minha musa,
Que há a sempre a plena queixa,

No ódio excitado afasto do ideal,
Insolente emoção do ser brutal,
Do atrito infinito o pleno leal,
Em voz rouca o grito gutural,

Entorpecido da minha existência,
Carregando sobre a face o vexame,
Dos sábios a coexistência,
Tendo suas vozes como tsunami,

Nas delícias da dor humana,
Atribuladas sensações de ti,
Ouvidas por todas semanas,
Todo dia a vejo partir,

Esvaziadas da nossa essência,
Não tendo a minima força,
Procurando até uma eficiência,
Ansiando água como a corça. 

Sacrifício.

Se nego a entregar neste altar,
O que me custou tanto a ter,
Terei que contra mim guerrear,
Delícia do ego e o prazer,

Serei de mim mesmo o mártir,
Simbolizando o perder do defeito,
Dentre tanto por isto terei que partir,
Do melhor o prontamente eleito,

Negarei minha mortal face,
Terei a postura de quem mereço,
Sendo de ser divino o disfarce,
Abnegar do livre-arbítrio o preço,

Tomando a plena ciência,
Daquilo que se tanto ocultou,
Preso no fundo da consciência,
Que atualmente se desformou,

Negarei o imenso calor,
Fogo sagrado a consumir,
De chamuscar o odor,
Se observar o "auto" destruir,

Por espada e varinha não partirei,
Passado mergulhado no futuro,
Por ti eternamente me erguerei,
Dia embriagado no noturno,

Mutilo o corpo do templo,
Sendo eu o tal ambiente,
Tornar-me o bendito exemplo,
Dissimular o senciente,

Amaldiçoado a Abençoado,
Elevado e Decaído,
Afeiçoado a Avoado,
Extraído a Abstraído,

Volto a Musa minha ação,
Sofrendo quando a desaponto,
Tendo a plena atração,
Mostrando sempre o contraponto. 

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Quem domina o coração?

É verdade que a paixão é a bela ilusão,
Entorpecendo a ciência do mal lá,
Aquele atraído possui no peito o carvão,
Resto de algo que virou dor cá,

Se sentir sozinho por tanto tempo,
Ocultando as feridas da alma em barulho,
Tornando a sua própria dor contratempo,
Carregando sobre o corpo este entulho,

Choro que vale por silêncio,
Que se repete o "auto" acusamento,
Sendo da consciência a anuncio,
E do tempo o iminente julgamento,

É difícil resistir tais faces,
Tantas delícias e gostos deles,
De lobos que tem tantos disfarces,
Que nos fascinam tanto neles,

Tentando negar a esses sabores,
Ardendo e escorrendo a solidão,
Sendo dos mais humanos horrores,
Que nos persegue noite a escuridão,

Soluçando no mais doído momento,
Nas luzes que se silenciam no sono,
Voltando a quem expulsamos o sentimento,
Da consciência o perfeito trono.

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

O Conversador.

Ouço por tantas vozes o néscio,
Que somente pranteiam solidão,
Da maldade e deturpação o oficio,
Sendo os próprios a si ocupação,

Destruindo a si próprios,
Envoltos em paixões,
Tão ligados aos impios,
Amarrados por conexões,

Fiéis aos monstros dos mesmos,
Mergulhados nos labores do desejo,
Falando por lábios muito enfermos,
Queimando a carvão por despejo,

Juram das maravilhas o céu,
Palavras doces como delicado beijo,
Mas fazendo a todos por réu,
Por algo verdadeiro sempre exijo,

Choroso é o seu labor,
De seu coração a consumação,
Tendo apenas o ardor,
Sendo plena corrupção.


sábado, 1 de setembro de 2018

Rei Arthur


Espelho-me a ser tão nobre como ti,
Homem Sagrado pela luz do espírito,
Que mundo maldito e profano fez partir,
Ergueria minha espada pelo teu rito,

Deixe-me tentar empunhar a Espada,
Que está presa na pedra do meu eu,
Excalibur no lago de alma tão culpada,
Envolvida em malícia que corrompeu,

Devoto-me a Guinevere proteger,
Sacrificar-me mais que Lancelot guerreiro,
Tentar da vida por Arthur melhor eleger,
Empunhar novamente arte do melhor ferreiro,

Ser Uther Pendragon novamente nascido,
Com Igraine o melhor destes extraído,
Do mais nobre o eternamente escolhido,
E quando preciso por Viviane ser atraído,

Por Merlin serei perfeitamente educado,
Para se sobressair minhas virtudes,
Vencer por muitos em apenas um pecado,
Que por medo de perder usa má atitude. 

Olhar.

Tão magoadas são tuas alegrias, minha senhorita.
Tão tristes são tuas risadas, minha querida.
Vazios são teus olhos como os sentimentos de meu coração.
Cheios de desejo e remorso.
Embriagados de inocência e malícia.
Triste que quem ama não a deseje e quem não lhe importa te ama tanto.
Teus olhos cheios de tantas lágrimas e vazios de algo que procura.
Vejo a viver no mundo tão iludida, procurando algo que esteja em algo ou alguém, mas sempre esteve em ti.
Só sei que a percebo a viver assim.

Pelo que erguerei minha espada?

Pelo que irei me candidatar?,
Ergo por esta mão que perfura,
Por homem que é fácil tramar?,
Ou por esta simplória criatura?,

Malditos são os tão insanos,
Que por ídolo ridículo destroem,
Não sendo além de profanos,
Do ser mais humano eles corroem,

Engana-se o que pensa deste tempo,
Pois substancialmente nada mudou,
Falando do que este século enfrento,
Escolhem o tolo que do pranto ecoou,

Figura a moldura de tanta belezura,
Já se foram os dias tão inocentes,
Mas que não tem verdade coisa alguma,
Não sendo nós os mais coerentes,

Cansado deste escudo pesado,
Deste elmo tão espatifado,
Do meu corpo a correr tão molhado,
No olhar o ser tão atribulado,

Esta armadura tão perfurada,
Do vigor se exceder quando preciso,
De escorrer o sangue pele cortada,
Mas continuarei a viver tão indeciso?,

Novamente perguntarei,
Quem me responderá?,
Me sacrificar por ti irei?,
Ou por aquele que odiará?,

Quero me sacrificar pelo ser humano,
É a única coisa que me candidato,
Me entregar no altar por mais brando,
Tornar-me símbolo por este forte ato.