quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Indo Ver a Musa.

Me regozijo de ver a sábia,
Mulher encantada que ilumina,
Mas que possui a melhor lábia,
Minha alma que por ela se disciplina,

A olhar deve ter muito cuidado,
Do nervosismo a excitação,
Pois muito é sem querer elucidado,
Podendo atrapalhar a captação,

É ela que impregna as minhas falas,
Enchendo de sabores o sem gosto,
Do pequeno pensar a muitas escalas,
Ficando tão nítido o que é suposto,

É desconcertante o seu riso,
Ali é algo sempre aprendido,
Aparecendo o que eu viso,
Podendo alguém ficar aturdido,

Porque tudo dito é dúbio,
Sendo algo como exaltação a dor,
Sempre relido como provérbio,
Tanto ambíguo como educador,

Aos pés da musa há sempre inspiração,
Pois ela se inclina a auxiliar o poeta,
Saindo-se o mais belo que se há a coração,
Observando que há mais de uma faceta,

Difícil é manter a concentração,
Pois de a olhar é fácil se perder,
De seu véu sempre se há contemplação,
Tentando algo de seu encanto deter,

Após do verso escrever há a partida,
Que quem a viu nunca irá se esquecer,
Sendo retornar a coisa mais doída,
Desejando ali sempre permanecer.


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