sábado, 8 de setembro de 2018

Ouvindo o Sábio.

Me compele o desejo de olhar o falante,
Observar a intenção de seu olhar,
Que guarda segredo de tom interessante,
Embora não revele muito ao falar,

Noções de muitos sentidos,
Seguido de um longo raciocínio,
Nem tudo sendo o entendido,
O impele de vontade o sacrifício,

De palavras tão complicadas,
Perder-se a pureza de ideias,
Podendo ser tão profanadas,
Criando da mente as cadeias,

Embora explique o sofrimento,
Criando toda a argumentação,
Não há o definitivo afastamento,
Aqueles que o sofrem no coração,

Tornando-se pouco compreendido,
Por palavra o friamente escolhido,
Sendo de tudo o próximo compelido,
Na mente não sendo tanto acolhido,

Sendo ele o que traz harmonia,
Ou apenas a confusa desordem,
Implantando de ideia hegemonia,
Coisa ambígua que concordem,

Pois o que é certo é difícil fazer,
Já o errado é deleitoso ao físico,
Da bondade é o tortuoso sacrifício a ter,
Que a muitos é o imenso agonístico,

Que nunca foi a não ser a plena loucura,
Tristeza que cerca os grandiosos,
Sendo eles a maior humana figura,
Sofreram pelo amor caminhos tortuosos,

Que enchem a mente de tantos de fascínio,
Poucos foram os que se candidataram,
Temendo eternamente o profundo escarnio,
Daqueles que estes tanto amaram. 

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