segunda-feira, 1 de outubro de 2018

A Arte de Amar.

I.

Quero ser o mestre desta arte,
Poder estimular o que presta,
Embora do individuo seja parte, 
Me proporcionar fruto disso resta,

Sejam nas amadas que observo,
Como a cultivar as mais belas flores,
Cuidado impar que lhe reservo,
Desejando lhe privar então das dores,

Do mais humano que o celebre,
Desta que se tem tanto receio,
Este cuidado que arde igual febre,
E poucos que carregam anseio,

Quero novamente o dizer,
Possuir o tão então discernível,
Aquilo que desejo responder,
Algo que seja assim tão visível,

Ter o tão amável cuidado,
Como o corpo de mãe o descanso,
Incentivo de pai dom trabalhado,
A se cuidar o coração manso,

Se tornar então o humano disciplinado,
Que embora não acredite não o ofenda,
Difícil assim não ter o coração treinado,
Que domar o próprio animal se entenda,

É este que é grandioso,
Embora na história é fantasma,
Possui coração habilidoso,
Assegurado por nítido quiliasma, 

Pois é semelhante ao herói,
Que não lida com o monstro,
Semelhante caso o anti-herói,
Da virtude excelente ser o astro. 

II.

Se descer as profundezas suas, 
Da dor e prazer as conhecidas faces,
Encarar suas próprias criaturas,
Perceber de seus dizeres as nuances,

Como o então político quiser,
Favorecendo o ego assim,
Corrompendo o todo do ser,
A distorcer o fateusim,

A tendência nítida de Euclides,
Entendendo cálculos diofantinos, 
A ter assim como verdade égide, 
Os pensamentos mais repentinos, 

Como o assim terno pitagórico,
Se descobrir amante da górgona,
Responder de modo categórico,
Qualidade a defeito ser isógona,

Sempre refazer a individuação,
Reinventar o próprio líbido, 
Do ser Humano a atuação, 
No melhor ser então exibido,

Guerrear a natureza finita,
Dual prostração a sepulcro,
Contra a que vícia ser infinita,
Dos sabores a dores como velcro. 


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