segunda-feira, 25 de junho de 2018

Abandonar o Eu.


Abandonar o Eu. 
Sou lúcido a perceber que minha vontade é apenas da sombra atrás a percorrer,
Das alegorias e das formas de suas faces! Oh Deus me livre de coração tão corrupto,
Pois dos olhos destas pessoas tu me envolve com teu silencioso amor até escurecer,
Me são difíceis ver que de ti tem a face, assim lhes prestar tão delicado amor abrupto.
E me passariam os dias tão violentos a face, estes que me cegariam os olhos a verdade,
Não percorri até oriente e nem ao ocidente, me movo como o vapor sem a tal forma,
Me soprariam ventos tão verdadeiros de teus iniciados que deixariam sem santidade,
Pois tu que és o Verdadeiro Deus nos fala no silêncio, sem que da lógica seja a orla.
Tua Verdade que fala aos homens, lhes ferindo o coração até que deles se saia sangue,
Pois é da simplicidade e das coisas suficientes que tu te apresentas a tais homens falar,
Deste saber que tantos não sabem, pois foi deste tão preso o intelecto até se estanque,
Do santo ao profano, do sábio a louco, do justo ao do injusto te moves a alma a provar.

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