quinta-feira, 14 de junho de 2018

Odin. (Wotan)

Oh tu que se enforcou no carvalho sagrado,
Teu choro e o teu sangue escorrer ninguém percebeu,
Ninguém entenderia tua dor e teu propósito tão elevado, 
Mesmo assim tu não esmoreceu. 
Poucos se sabe das tuas noites no seio da morte,
O que fora buscar nas trevas de tua alma divina?, 
Mesmo que se viva muito não teria a tua sorte,
Se teu sacrificio por outros fosse a plena ruína. 
E quem como tu por amor do saber se sacrifcaria tanto?,
O que pensaram os que viram a teu corpo pendurado?,
Se queixaram de ver o teu morrer de infarto?, 
Enojaram-se de teu olho arrancado?. 
Pois de tua lança em seu peito sangue escorreu,
A loucura e violência de teu esforço não se entende,
O mundo se mudou pelo o que a ti ocorreu,
Agora de tua história ainda se crer depende.

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