segunda-feira, 25 de junho de 2018

Abandonar o Eu.


Abandonar o Eu. 
Sou lúcido a perceber que minha vontade é apenas da sombra atrás a percorrer,
Das alegorias e das formas de suas faces! Oh Deus me livre de coração tão corrupto,
Pois dos olhos destas pessoas tu me envolve com teu silencioso amor até escurecer,
Me são difíceis ver que de ti tem a face, assim lhes prestar tão delicado amor abrupto.
E me passariam os dias tão violentos a face, estes que me cegariam os olhos a verdade,
Não percorri até oriente e nem ao ocidente, me movo como o vapor sem a tal forma,
Me soprariam ventos tão verdadeiros de teus iniciados que deixariam sem santidade,
Pois tu que és o Verdadeiro Deus nos fala no silêncio, sem que da lógica seja a orla.
Tua Verdade que fala aos homens, lhes ferindo o coração até que deles se saia sangue,
Pois é da simplicidade e das coisas suficientes que tu te apresentas a tais homens falar,
Deste saber que tantos não sabem, pois foi deste tão preso o intelecto até se estanque,
Do santo ao profano, do sábio a louco, do justo ao do injusto te moves a alma a provar.

terça-feira, 19 de junho de 2018

Alma


Me tragar a alma o próprio corpo a violência, doçura e emoção até se queixar o elemento, nesta traição a vida que se enrosca a matéria,
Pensar sobre o meu povo de história tão pesada e sangrenta, ouvir de seus dias esquecidos até se queimarem as chamas deste coração,
Saber que o toque humano me falta, pois os que são abraçados nas histórias que celebram as crenças, tiveram estes uma alma humana mesmo nesta esfera,
Sou criatura de luz e escuridão que junto aos milhares estou nesta deriva que é a vida, caminho como meus irmãos que se ressentiram com dos ancestrais a ação.
Sábios são os que aprendem com a experiência e não a teoria, pois um grande sábio na praticidade derrota o intelectual com uma pergunta,
E mesmo que por esta medusa de cabelos tão cheios de serpentes a cabeça, se mantenha o coração cheio de amor e carinho ao monstro a alma, 
Ouviria o choro escondido da gueixa por entre estas finas paredes, saberia o que se passa num coração tão aflito por ver olhar tão introspectivo  nesta junta,
Mas eu poderia dizer que buscar da volva a consulta, mas destas coisas me aconselharia tão fortuitamente a Sibila a calma.

segunda-feira, 18 de junho de 2018

Herói.


Queria eu poder enfrentar os monstros com tão clara determinação, pois os monstros que se existem estão no fundo de minha alma, me questiono se eu a trucido junto a seus defeitos?,
Pois a vida que há no meu corpo é como a água que se assume a minha forma, pois depois deste recipiente se desmanchar a água da vida banharia a terra, dando a ela vida a outra coisa,
E quem conseguiria passar por esta vida sem ao menos matar de si um único monstro dos muitos, suportariam e se esforçariam o corpo com tamanha loucura a tão humanitários feitos?,
Sentiria a minha personalidade sendo tão ameaçada pelo caminho do herói até se chegar ao mundo perfeito, pois seria a vida como o mundo e por esta luz que se guiam os amantes desta obra gloriosa. 

domingo, 17 de junho de 2018

A.


Como me é delicioso beber de teu corpo tão saboroso suor, de tuas formas tomar a mais plena doçura,
Dos teus lábios ouvir tão amorosa melodia até me cansares o corpo o fulgor,
Ah! Minha senhora me deixes tocar teu corpo quente, sentir a tua pele tão dolorida alma como a minha própria carne, mas longe de ti é para mim a plena tortura,
Teu corpo se torna úmido e se aquece até como a flor se abrir, produzindo a mim como o mais refinado odor. 

Máscara.

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Oh minha alma que se desnuda diante de meu espírito, sinto-me conflituoso e sentindo a carne da vida se desmantelando pela verdade, 
Quantas vezes mais me perguntarias a mim mesmo se continuarias a ser humano ou aparentar humano, por quantas luas me arderiam esta chama?,
Queimariam-se os meus dias tão agudos da potente consciência até me tornares uma chama nesta por tão escura envolta brasa, será assim a sinceridade?,
E seria tão conflituoso o sutil se harmonizar com o denso, flutuando e fluindo pelas formas deste corpo tão simplória alma?.
Me cansaria os olhos a mente se ferir a essência pela forma e da forma se esquecer da essência, 
Quantas mais perguntas significativas e de profunda visão seriam necessárias a única resposta, pois estou sedento como da alma o perfeito coração,
As palavras de tão difícil pensamento e de sentimento que são a verdade implícita que se explicita por meio dos simbolos, me são por momento a melhor lampada a tal ciência,
Não falo o que se existe por tão minuscula lógica, por conceito me expresso a alma de tão confusa e sutil a palavra que a mente é profunda como a plena da luz observação. 

sábado, 16 de junho de 2018

Khalil Gibran.


Khalil Gibran. (O Profeta Livro)
Me deixarias ouvir o Profeta a falar, nestes tempos que ainda não se chegaram os doze anos de sua partida, 
Pois de tuas palavras de saber tão profundo e sutil que como a dança que se toca o chão, mas com um salto se eleva na graciosa dança até a altura,
Tais palavras que vem como o amor que é verdadeiro, pois é lapidador do homem, lhe indo como a árvore que como o vento se sopra das folhas a chacoalhar até se abalar as raízes a vida,
Me difícil seria cair nas tais deficientes formas do mundo que se existem em imitação ao que se é definido por tais figuras. 

Fliolmo.


Fliolmo. 
Quem se percorreria os teus caminhos por ser tão sábio?,
Dos perigos insanos que se entregara para o conhecimento possuir,
Pois de teus corvos que se percorrerem os tantos reinos, se olhando e te relatando o que ali se é necessário,
Tua meditação se vem até a plena e profunda observação, teu pensamento flui para o que se apresenta ao novo e tua mente se mantém presa ao passado com tanta força assumir.
Voam teus corvos por entre as formas da loucura, morte, insanidade, maldição e sabedoria, vida, lucidez, benção, assim tudo que se operam por tuas mãos é envolto nos sagrados carvalhos,
São estes seduzidos por teus corvos e te fazem os mais secretos pactos, lhes sendo a tua presença o mais imprevisível e curioso,
Pois os que dormem de ti se arrepiam o olhar, ouvindo os teus sussuros curiosos e de tuas formas, diria a eles que seu sono nos corpos vivos lhes são a mais aguda misericórdia, pois se soubesse do que se operam se tornariam em frangalhos,
Tuas ações, criações e destruições que se operam por ti, iriam atormentar os pensamentos que destruiriam os preconceitos e as noções do que se seria justo, pois tu és o senhor das leis. 

sexta-feira, 15 de junho de 2018

Mansa Musa. (Cacu Muça)


Oh Grande Cacu Muça que ostentava em Mali de Medina e Meca,
Tamanha a gloria e tua riqueza que o sultão te cedeu o castelo como repouso,
Tanto de ouro que deu a teus amigos que sua economia por teu ouro fora arruinada por uma década, mas é triste que os descendentes de tua glória dos dias de hoje se esqueceram desta história,
É triste saber que os que vieram as terras para esta, se perderam de tua lembrança a alma o deleitoso berço que lhes eram o maior tesouro. 
Pois só se mata realmente a um povo quando se esquece de seu glorioso passado e de onde se é origem do homem,
E de seu berço abençoado como o puro ouro é a beleza, 
Por vidas se queixariam muitos até se buscarem os caminhos até as terras de sua origem e o passado de seu grande legado os teus assumem,
Caminharam de honras e honras até tua realeza. 

quinta-feira, 14 de junho de 2018

Yavanna.


Ah que delícia é a tua beleza! Pois enquanto atanis de Eru não se cumprissem se mantinham presos a teu seio imaculada toda a natureza,
Alegraria-me a vida passear por tuas florestas imaculadas, sem de Morgoth o toque e nem de humano a ação,
Pois por todos tu és molestada e agredida por ação dos gananciosos aprendizes de Aule que não se encantam com toda a tua proeza,
E dos dias de hoje nos precisariamos de ti buscar a rendeção até que sejamos purificados de nossa trangressão.
Valie que poucos reconhecem a tua importância e do teu imenso valor a nutrir a vida,
Tu amas as criaturas que de ti se saem e se inquieta por medo de os ver sofrer,
Não percorras as terras que os homens vivem, pois te seria o mais doloroso sofrer ver a aquilo que com tanto esforço se desmantela por coisa mal instruída,
E por não reconhecerem a ti como és valiosa, fazem o mundo com violência se corroer. 

Hamlet.


Saberias a mente dos distraídos se perceberem que o significado e proposito lhes são tão vazios quanto a forma e substância aos teus olhos?,
Insanos são os que como Polônio que se vivem seguindo ao que deveriam ser e não são o que realmente são, pois pela realidade seriam atormentados,
E descobririam no findar de seus dias que nunca por segundo algum viram a própria face o espírito, mas da alma se partiram com prazer os ossos, 
Escravizam, humilham, mutilam, despedaçam e violentam a suas próprias almas com suas duais fantasias que lhes fermentam como vinho os egos entorpecidos.
Oh quem conseguiria ser realmente lúcido e prudente neste mundo adormecido por tão imensos idolos e alegorias do músculo que enterram os humanos nos corpos de cadáver, 
Pois hoje da sabedoria da loucura é o disfarce e do amor é da morte a imagem, quem nestes dias tão malucos e entorpecidos conseguiriam entender o que digo?,
Me deixes a caminhar na dinamarca junto contigo Hamlet, pois de tua profunda lucidez eu me seria compreendido até cumprir o humano dever,
Pois o que enxergo na face do humano é vicio, loucura e alienação até do espírito a solução, pois nunca se fazem a tua pergunta e por isto da lucidez os são indigno.  

Ísis e Osíris.


Grande amante da humanidade que por réptil hábil te enganou e te desmembrou,
Pois foi tu que civilizou aos pobres mortais, assim no mundo dos mortos os aguarda serem condizentes a teu ensinamento,
Por teu cajado Hekat disciplina e guia aos tolos a tuas palavras e por teu açoite Nekhakha lhes vem a correção que por ti castigou,
Aos que a ti foram merecedores lhes dá a Ankh que foram restruturados até se perderem ao véu de Ísis, lhes envolve com seu misterioso manto. 
Pois tu te restruturas nas alturas e no fundo de cada humano que de Ísis busca o rastro,
De amar tão violento como vento que toca a árvore chacoalha as folhas e abala as raízes, és o verdadeiro amar desta grande mestra, 
Teu amar é tão exigente e tão deleitoso! Pois do sagrado e do justo é deleitoso o sofrer, como a mãe é deleitoso gerar ao filho do ventre até o receber ao abraço,
E agora por obra de tua magia somos restaurados ao estado de Osíris o bendito corpo, me deixes falar minha amada de tua santa obra!

Melkor (Morgoth Bauglir).


Quem entenderia a ti oh grande iniciador de todo o mundo?,
Pois de tua vontade e descontrole se desenvolvem os intentos secretos de Eru a existir,
E de teus tortuosos intentos e planos se sofrem o mundo e se embelezam nos mistérios melancólicos dos atanis do sagrado,
Queixarias os rios e se avolumariam as terras sob teu intento até que tu as dobre a inexistir.
Mas tu também como Aule és movido a criar e a construir, mas com teu orgulho e violência és conflituoso,
Como Yavanna és gerador de formas e seres, mas os deforma até que estes sejam projeções de teu ser,
E como Varda és poderoso com teu pensamento, embora lhe seja o pensamento dissonante com a realidade e tuas palavras sejam de argiloso,
Pois como Manwe que compreendes as sutilezas da realidade e Ulmo que se entende as profundezas, tu és o atento até o fim perceber. 
Pois dos Noldor lhe veio a maior vitoria e deste mesmo te vieram as maiores vergonhas, 
Só Mandos e Vaire se sabem dos caminhos e das palavras tortuosas que tu tomaste por ação,
E agora teu trono é ocupado por teu mais ardente admirador ao qual se usa de teu legado para as próprias façanhas,
Mas tu oh que és mártir de ti mesmo, envenenou e embebedou a toda Arda com sua maldição. 

Arjuna.


Não deixeis que os Kauravas e nem os Pandavas te desviem do teu caminho oh deleitoso aprendiz, 
Pois tu és o grande guerreiro que com a força e disciplina de tuas mãos destroem a teus inimigos como as ilusões de tua alma, 
Éis que diante de ti se apresentam os Kauravas e os Pandavas, os defeitos e as virtudes de tua perdida alma e através deles se entregar a luta sagrada que lhe condiz,
Mesmo que estes sejam a ti queridos como parentes íntimos, todos estão para serem enfrentados e superados por ti oh grande Atman. 
E mesmo Krishna que lhe é por coxeiro lhe exorta, admoesta e te ilumina o saber até tu lhes ter medo por ver dele a verdadeira face,
Sabeis oh querido Arjuna que tua história nos é por várias vezes pilar de saber e conhecer até este mundo escuro, 
Nestas eras que se perderam os grandes yogis e yoginis e as palavras de verdade se tornaram em verdade e amor apenas de maldade o disfarce,
Imersos nas sombras de Kali se destroem nas guerras de Maya e se sangram até se banharem de tormento o ouro.

Friedrich Nietzsche. (Zaratrusta)


Oh homem de vida penosa que se ressentiu com Deus,
De tua sabedoria e loucura que por tua voz o mundo mudou,
Amaldiçoado por teu grande saber que te causou o estado de diante do mundo ser o réu, 
Tuas sábias palavras que aos ignorantes lhes pareciam loucura que por tua obra te odiou.
Não deixes Zaratustra e a sabedoria como a loucura do sábio eremita percorrer só as terras de tua mente,
Fale aos homens de carne que se acorrentam nas entranhas de suas paixões o teu evangelho de ressentimento,
Pois todos os que são os que ouvem a Zaratustra que és a tua mente se irritam por tuas palavras lhes alertar que estão sob o que mente, 
Conte-os sobre o Deus Oculto e Desconhecido de tua mente, pois sofreriam os lombos a encontrar a chama de teu fragmento.

Lamento por Feanor.


Quem poderia entender o teu sofrer por amor a tua obra grande mestre?,
Pois do paraíso foste rebelde por amor do fruto de tuas mãos,
E tu que junto aos teus filhos por tuas silmarils se amaldiçoou até o leste,
Do teu amargo e penoso chorar se inundaria o mundo de loucura e escuridão.
Tu mancharia a teus filhos com destino tão assombroso,
Pois do silêncio dos Ainur se ressentiu até se destruir por fogo,
Do fogo de teu espírito se morreriam aqueles que a traição lhes fora tão danoso,
Mesmo por Morgoth que de tua rebelião, a tua raiva pelos teus filho se mantivera duradouro.
E no mar se guarda o sangue dos Calaquendi que tu matara e rompera até a Terra Escura,
 Poderiam se queixar os que ouvem a tua história por teu ego tão vicioso, mas lhes seria loucura julgar a ser tão grandioso,
Assim o mundo se modificara pelas obras de tuas mãos que se mantém até esta era,
Mesmo que por ti viera tanta desgraça, também vera esperança a deixar Morgoth odioso. 

Hermes.


Seria alegria a minha alma te ver algum momento,
Pois das alturas e das profundezas tu te moves a falar, 
Usaria para ver teu rosto e ouvir tuas palavras a vida como investimento,
Pois a nós mortais a tua voz é o mais ambíguo pilar o revelar. 
Tantos de ti buscam compreender a teu caduceu e agora este limiar,
Pois das serpentes que se enrolam nesta coluna há o despertar,
Mas enquanto os homens não se deixam a acordar teremos este luar,
E continuaremos sofrendo deste amarguroso vinho que por loucura é o privar. 
Pois das alturas fomos repreendidos até este mundo sem a sagrada luz,
Que pouco a pouco é mantida de século em século por avançados discípulos,
Nos queixaremos em multidão dos males que agora os céus nos conduz?,
Se entregaremos ao horror de ver a nossa verdadeira face sem empecilhos?.
Pois direi a ti que busquei os mestres, mas que a eles não estava pronto,
Isto porque tua voz se mantém oculta por minha face no revelado,
Tu me mostras aquele que por infinitas vezes é o segredo do mais profundo oculto,
Me revelaria por teus átrios que este que não tem face se mantém em mim abrigado.

Hermes Trimegisto.


Quisera eu a ouvir a divina sabedoria de teus lábios,
Teu saber tão cultivado e preservado pelos mestres no amor,
Estes que não se deixaram a apagar a esta chama divina pelos ímpios,
Sempre ensinando aos que necessitam os caminhos do saber o calor.
Mesmo o mestre se aquietou, pois o seu silêncio nos é mais sábio,
Meu respeito e admiração não se equivaleriam a luz de tua alma, 
Pois loucura são teus ensinos aos que se julgam hábil,
Deixes que a sabedoria fale aos ouvidos dos entendidos a tua obra prima.

A Chama de Prometeu.


Não deixeis que se apague esta chama,
Mantida pelos mestres no amor,
Mostrando teus simbolos como fama,
Mesmo que aos incultos seja sem pudor.
Somente os preparados deixeis beber a fonte,
Sereis aos de longe as fantasias nossa máscara,
E se oculte a luz do conhecimento em tua fronte,
E a nossos simbolos nos serão como o ferido a casca.
Ocultemos a nossa verdadeira face,
Assim esconderemos os nossos segredos,
E nossas filosofias nos serão por disfarce,
Pois nossos pupilos serão escolhidos a dedo.
E com a luz sagrada resgataremos deles a alma,
Pois seremos feridos com a sagrada espada,
Assim arrancaremos desta água no fundo a alga,
Devemos equilibrar a maldita balança pesada.

Odin. (Wotan)

Oh tu que se enforcou no carvalho sagrado,
Teu choro e o teu sangue escorrer ninguém percebeu,
Ninguém entenderia tua dor e teu propósito tão elevado, 
Mesmo assim tu não esmoreceu. 
Poucos se sabe das tuas noites no seio da morte,
O que fora buscar nas trevas de tua alma divina?, 
Mesmo que se viva muito não teria a tua sorte,
Se teu sacrificio por outros fosse a plena ruína. 
E quem como tu por amor do saber se sacrifcaria tanto?,
O que pensaram os que viram a teu corpo pendurado?,
Se queixaram de ver o teu morrer de infarto?, 
Enojaram-se de teu olho arrancado?. 
Pois de tua lança em seu peito sangue escorreu,
A loucura e violência de teu esforço não se entende,
O mundo se mudou pelo o que a ti ocorreu,
Agora de tua história ainda se crer depende.

Afrodite.


Oh, minha donzela que carrega tal amor,
Pois a tua paixão aos profanos é loucura e a mim é mais que a doçura,
Como poderei passar meus dias sem de teu corpo o calor, 
Nas profundezas de teu ventre que se encontra a delícia.
Tu és aquela que viera de mar tão espumoso,
De tua concha que se sai tal perola,
Os que te traem encontram fim tão rigoroso,
E os que são maus não se chegam a tua orla. 
Pois de ti que se gera o maior desejo,
De teu amor tão sublime os ferozes se acalmam,
Nem em toda minha vida poderia te dar digno cortejo,
E os que ainda não viram a tua face te amam. 

As Nove Musas.


Oh Amadas musas que se encaminham nas belezas,
Tão agudas e gloriosas tuas vozes que me enchem de fulgor o âmago,
Não me deixes a cantar sozinho neste mundo sem tuas proezas, 
De tuas bocas tão divinas me erguem a alma o fogo. 
Te direi oh minhas amadas que se distanciam dos profanos,
Que os sabores de teus saberes me são o mel,
Pois os que vivem sem teus amores são insanos, 
Como a habeis ouvires é o prata e o cinzel. 
E a vós entregarei a minha devoção,
Mesmo que não me levem ao Monte Parnaso,
Pois não me é desejado a Apolo a aparição,
Somente a Calíope que tão desejo afago.