domingo, 29 de julho de 2018

Monstro (Ego).


Não consigo controlar do peito o tão infame desejo,
Este de ser entendido a minha alma,
Por despejo e desprezo me retorce a pele até do corpo febril aconchego,
Me dói pedirem que na agonia da profunda de meu âmago o falar seja menos complexo,
Pois embora no reflexo e apego me consumo a martirizar da face a alma,
Sou do jovem o iludido e aterrador a brasa tal ardor,
Me sinto a caminhar por este desejo como Jeffrey no Veludo Azul sem trauma,
Mas com a mente de David Lynch sem a aparente calma,
Quem será o Teseu deste meu ego?,
Estará empunhado novamente pelas armas dos deuses a ser meu algoz,
Me arde e incinera o coração o olhar da bela de beleza mais tênue,
Sutil e delicada a beleza desta flor abençoado por alquimista do Sol que se ilude,
Ou será Susanoo que me espreita,
Embora eu da voz de minha Anima não respeite. 

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