terça-feira, 17 de julho de 2018

Conflito.


No sonho do reflexo, viro por matéria,
Quase que eu vivo o peito tão aberto,
No turbilhão das vozes do desconexo,
Me perturbo do sonho a forma esférica,
Dos deuses e dos homens estou perto,
Da altura me reviro de dor o ódio,
Da profundeza me reviro da agonia a consciência,
Sou do sabor da terra a praga,
Queimo e estalo sob a mão do oficio,
Me perco sempre da humana coerência,
Sou como o cortar da tão enferrujada adaga,
Queimado, Mutilado e Atrofiado,
Sou no findar de minha vida do divino o próprio recado.

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