sexta-feira, 22 de março de 2019

Ao Professor.



Tão imenso e estrondoso é meu choro, nem os condenados que afogam-se no Estige, superariam meu padecer. Pois um filho de Quiron, professor e mestre se fora para além, onde nem em Índia ou China, poderia o buscar, muito além deste revoltoso mar que barqueiros se caíram em horrorosos naufrágios e suas vozes tomadas pelas águas.
Quando este se veio a mim, eu por sempre estar sendo podado e cortado em meu imaginar e nas pífias imaginações de solene menino que eu era, fui revelado o padecer da vida de tormentosa e angustiante responsabilidade.
Como o insolente e intrometido menino que do amar a filosofia e a história como ao deus que nunca o sacrifício tenha feito, sem imolar e perfurar o inocente de minha consciência, este desentendido novilho que caminha agora iniciado, tomado por sacerdote a queimar em Sagrado altar e o vapor ser perfumado as narinas da ditosa Sabedoria. Sou e fui o novilho que fugirá para desconhecido deserto a rochoso altar sacrificado.

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